Brasil amplia la frontera marítima

paulo

Forista Sancionado o Expulsado
Brasil amplía la frontera marítima del área del pre-sal

Mudanza incorpora área de 960 mil km2 a la zona de soberanía nacional en el mar, hoy de 3,5 millones de km2

Medida, que no cuenta con aval de la ONU, amplía derechos de Brasil para explotación de petróleo y gas

JOSÉ ERNESTO CREDENDIO

CLAUDIO ANGELO



Brasil decidió no esperar el aval de la ONU (Organización de Naciones Unidas) para expandir, además de 200 millas náuticas, las fronteras de su soberanía sobre recursos minerales como petróleo y gas en el fondo del mar.

A partir de una resolución interministerial publicada en el último viernes, cualquier nación o empresa que quiera prospectar recursos minerales en la Plataforma Continental Brasileña tendrá que pedir autorización al gobierno.

Según la "Folha" apuró, la decisión fue tomada tras consulta de Petrobras, que podrá tener hasta 50% del capital en las manos de la Unión así que fuere concluido el proceso de capitalización en circulación.

Hoy, la Unión detiene 39,8% de la empresa.

El cambio incorpora 960 mil km2, casi cuatro veces el Estado de São Paulo, a la zona de soberanía nacional, hoy de cerca de 3,5 millones de km2.

Es un área codiciada en razón de la posible existencia de nuevas reservas de petróleo en el área del pre-sal.



DERECHO DEL MAR

La convención de Naciones Unidas sobre el Derecho del Mar, de 1982, abre la brecha para que países reivindiquen derechos sobre el océano la hasta 350 millas náuticas de su costa. Más adelante, por lo tanto, de la Zona Económica Exclusiva, de 200 millas.

Para que esa incorporación ocurra, los países signatarios de la convención necesitan entregar a la ONU un levantamiento cartográfico de su plataforma continental, especie de extensión submarina del territorio soberano.

Brasil encaminó ese pedido a la ONU en 2004, pero, tres años después, la organización rechazó la propuesta, tras duda de EE UU.

Después, la ONU requisitou que lo gobierno brasileño reformulasse el pleito.

La ONU no aceptó incluir 190 mil km2 distribuidos desde Amazonas hasta la región Sur del país. Según Marina, Brasil discordó y pretende presentar nueva propuesta hasta 2012.

Consultada por Petrobras, sin embargo, la Cirm (Comisión Interministerial para los Recursos del Mar) entendió que el país no necesita esperar la chancela de la ONU.

Ahora, cabe a la ANP (Agencia Nacional de Petróleo) decidir sobre las investigaciones de recursos minerales en el área. Buscada, la ANP no se manifestó.

Un decreto de 1988 y una ley de 1993 ya definían que cualquier investigación científica en la plataforma continental sólo podría ser hecha por otras naciones con autorización del gobierno y acompanãmiento de Marina, y que Brasil ejerce derechos de soberanía sobre ella para fines de explotación de recursos naturales.

Además, el país se ancla en el hecho de que la ONU no establece condiciones y limitaciones de soberanía sobre la plataforma continental.



GEOLOGÍA DE LA CONFUSIÓN

Plataformas continentales son extensiones planas o casi planas del lecho submarino, que terminan en los abismos oceánicos.

Ellas son formadas por rocas sedimentes -exactamente el tipo de roca en la cual se forman el petróleo y lo gas natural. De ahí el interés estratégico de Petrobras en esas regiones.

El único país que concluyó el levantamiento de su plataforma antes de Brasil fue a Rusia.

El pleito de Rusia también fue cuestionado, una vez que incluía porciones del Ártico en disputa entre EE UU, Canadá, Dinamarca y Noruega.

En 2007, Rusia mandó uno minissubmarino al Ártico para lanzar en el fondo del mar una bandera rusa -simbolizando la supuesta soberanía del país sobre los recursos minerales de la región.

La expedición causó un incidente diplomático con Canadá, que llamó el hecho de "impostura".
 

paulo

Forista Sancionado o Expulsado
Oficialmente.....

Diário Oficial da União, de 3 de setembro de 2010:

RESOLUÇÃO No- 3, DE 26 DE AGOSTO DE 2010

A CIRM, RECONHECENDO os compromissos assumidos pelo Brasil ao ratificar a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), especialmente o disposto nos artigos 76, 77 e 246; LEVANDO EM CONTA que o Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira (LEPLAC) é o programa de Governo instituído pelo Decreto nº 98.145, de 15 de setembro de 1989,
com o propósito de estabelecer o limite exterior da Plataforma Continental Brasileira sob o enfoque jurídico, ou seja, determinar a área marítima, além das 200 milhas náuticas, na qual o Brasil exerce
direitos de soberania para a exploração e o aproveitamento dos recursos naturais do leito e subsolo marinhos; TENDO EM VISTA que a Proposta de Limite Exterior da Plataforma Continental Brasileira foi encaminhada à Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC) da ONU, em maio de 2004, por intermédio do Ministério das Relações Exteriores, tendo o Brasil recebido as Recomendações da CLPC em abril de 2007. Em julho de 2008, o Brasil decidiu formular outra proposta, que se encontra, atualmente, em elaboração; CONSIDERANDO que o artigo 11, da Lei no 8.617, de 4 de janeiro de 1993, estabelece que: "A plataforma continental do Brasil compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além do seu mar territorial, em toda a extensão do prolongamento natural de seu território terrestre, até o bordo exterior da margem continental, ou até uma distância de duzentas milhas marítimas das linhas de base, a partir das quais se mede a largura do mar territorial, nos casos em que o bordo exterior da margem continental não atinja essa distância"; TENDO EM CONTA que o parágrafo 1º do artigo 13, da mesma Lei, dispõe que: "A investigação científica marinha, na plataforma continental, só poderá ser conduzida por outros Estados com o consentimento prévio do Governo brasileiro, nos termos da legislação em vigor que regula a matéria"; TENDO EM MENTE que este dispositivo encontra-se regulamentado
pelo Decreto nº 96.000, de 2 de agosto de 1988, que, em seu artigo 2º, destaca que: "Compete ao Ministério da Marinha (Comando da Marinha) autorizar e acompanhar o desenvolvimento de atividades de pesquisas e investigações científicas realizadas na plataforma continental e em águas sob jurisdição brasileira"; TENDO EM VISTA que o artigo 21, da Lei no 9.478, de 6 de agosto de 1997, dispõe especificamente sobre a competência da ANP para administrar os direitos de exploração de petróleo e gás natural, conforme a seguir: "Todos os direitos de exploração e produção de petróleo e gás natural em território nacional, nele compreendidos a parte terrestre, o mar territorial, a plataforma continental e a zona econômica exclusiva, pertencem à União, cabendo sua administração à ANP"; e que o inciso XV do artigo 6o da mesma Lei define: "Pesquisa ou Exploração: conjunto de operações ou atividades destinadas a avaliar áreas, objetivando a descoberta e a identificação de jazidas de petróleo ou gás natural"; CONSIDERANDO o estabelecido no artigo 77, da CNUDM, principalmente, o constante no parágrafo 3º, a saber: "Os direitos do Estado sobre a Plataforma Continental são independentes da sua ocupação, real ou fictícia, ou de qualquer declaração expressa"; e ACOLHENDO a proposta da Subcomissão para o LEPLAC, na sua 57ª Sessão Ordinária, realizada em 20 de agosto de 2010, que deliberou sobre o direito do Estado brasileiro de avaliar previamente os pedidos de autorização para a realização de pesquisa na Plataforma Continental brasileira além das 200 milhas náuticas; resolve:
a) Aprovar a recomendação da Subcomissão para o LEPLAC, de que, independentemente de o limite exterior da Plataforma Continental (PC) além das 200 milhas náuticas não ter sido definitivamente estabelecido, o Brasil tem o direito de avaliar previamente os pedidos de autorização para a realização de pesquisa na exterior encaminhada à Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC), em 2004, e publicada na página eletrônica da ONU; e
b) Dar conhecimento à Marinha do Brasil, por intermédio do Estado-Maior da Armada, e à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) desta Resolução.

Almirante-de-Esquadra JULIO SOARES DE MOURA NETO
Coordenador da Comissão
 
Arriba