Após atingir a marca de seis meses de atraso, o chamado Projeto 75(I) da Marinha da Índia comemorou a seleção do projeto para o que será o novo submarino de ataque AIP da força: o Tipo 214, de fabricação alemã. Dessa forma, o candidato de Berlim prevaleceu sobre o modelo S-80 apresentado pela empresa espanhola Navantia, abrindo caminho para negociações para um contrato no valor de mais de 70 bilhões de rúpias para meia dúzia de unidades.

Ampliando os detalhes, podemos mencionar que autoridades do Ministério da Defesa da Índia informaram à mídia local que a autorização executiva já foi emitida para avançar um acordo formal com a contraparte alemã, em conjunto com o estaleiro estatal Mazagon Dockyards Limited. Especificamente, os contatos iniciais com a fabricante ThyssenKrupp Marine Systems devem ocorrer nos próximos dias, com foco na obtenção de um contrato dentro de seis meses.

A decisão em questão foi tomada por uma comissão de autoridades de defesa e segurança nacional da Índia, que conduziu uma extensa revisão das capacidades atuais e das necessidades futuras da Marinha do país, incluindo os planos da instituição de prosseguir com a substituição de sua frota de submarinos da classe Sindhughosh — o nome local para a classe Kilo, de fabricação russa, que foi comissionada durante a década de 1980. Em termos concretos, a Índia já teve aproximadamente 10 submarinos pertencentes a essa classe.

Além disso, deve-se notar que, assim como em outros programas impulsionados pelo Ministério da Defesa indiano, a seleção do Tipo 214 atribuiu grande importância às possibilidades de cooperação industrial entre o fabricante e empresas locais para aprimorar as capacidades locais. Nesse sentido, vale lembrar que Nova Déli já havia estabelecido laços com a empresa alemã TKMS (por meio dos antigos estaleiros Howaldtswerke-Deutsche Werft, que agora fazem parte dela), considerando que esta foi previamente selecionada para fornecer os submarinos da classe Shishumar baseados nos modelos Tipo 209.

Finalmente, vale lembrar que, como parte de seus esforços para aprimorar suas capacidades submarinas, a Marinha Indiana também está trabalhando em paralelo com a Larsen & Toubro e o Centro de Construção de Submarinos com o objetivo de obter pelo menos dois submarinos de ataque nuclear. Conforme relatado em análises anteriores, isso responde não apenas à necessidade de modernização da força, mas também ao contínuo avanço das capacidades navais chinesas e seu consequente impacto nas frotas do Paquistão — as duas principais preocupações de Nova Déli na região.

*Imagens ilustrativas

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