Em um desenvolvimento significativo para a rede de defesa aérea da Alemanha, foi anunciado que o país está se preparando para implantar seus novos sistemas antimísseis balísticos Arrow-3, adquiridos de Israel, pela primeira vez ainda esta semana, marcando a estreia da plataforma na Europa. Esses sistemas foram adquiridos em 2023 como parte de um grande acordo que exigiu um investimento de US$ 3,5 bilhões de Berlim e a aprovação dos Estados Unidos.

Sistemas antimísseis balísticos Arrow-3

Segundo relatos da mídia israelense, a implantação dos novos sistemas Arrow-3 deve-se, em parte, à normalização das relações de defesa entre os governos israelense e alemão, em virtude das restrições temporárias impostas pela Alemanha às compras de armas por Israel. Com o cessar-fogo em vigor na Faixa de Gaza, onde cresciam as preocupações com a deterioração da situação humanitária, o governo liderado pelo chanceler Friedrich Merz finalmente suspendeu essas restrições, facilitando assim a implantação dos sistemas mencionados.

Trata-se de um fato significativo, considerando que a Alemanha é um dos principais destinos das exportações de armas de Israel, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Vale ressaltar que, de acordo com dados publicados pelo SIPRI, Berlim foi responsável por 33% das vendas de armas israelenses entre 2020 e 2024.

Além disso, é importante notar que a notícia mencionada surge num momento em que o governo alemão negocia a possibilidade de aumentar o número de sistemas Arrow-3 adquiridos para reforçar suas defesas aéreas, argumentando que a quantidade atual seria insuficiente para repelir um futuro ataque da Rússia — um temor compartilhado por muitos aliados europeus. Ademais, acredita-se que parte da intenção por trás disso seja ter defesas aéreas suficientes não apenas para cobrir o território alemão, mas também os países vizinhos que possam necessitar desse tipo de apoio.

Do ponto de vista técnico, o Arrow-3 possui capacidade para este último propósito, visto que é um sistema de longo alcance com poder para interceptar mísseis inimigos fora da atmosfera terrestre, reduzindo assim os riscos de fragmentação após a explosão. Como tal, é considerado um complemento perfeito para os sistemas IRIS-T e Patriot, que, operando em configuração em camadas, forneceriam cobertura de curto e médio alcance, respectivamente; moldando assim o plano Escudo Celeste desenvolvido por Berlim.

*Imagens utilizadas apenas para fins ilustrativos.

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