As Forças Armadas da Noruega confirmaram que um avião de patrulha marítima Il-38 da Marinha Russa e pelo menos um navio da mesma força acompanharam de perto o grupo de ataque liderado pelo porta-aviões nuclear USS Gerald R. Ford da Marinha dos Estados Unidos (US Navy) durante suas recentes operações em águas do Ártico.

O desdobramento do Gerald R. Ford, considerado o maior porta-aviões do mundo, ocorreu entre 23 de agosto e o início de setembro na região nórdica, no âmbito de exercícios conjuntos com a Marinha dos EUA e aliados da OTAN, como França e Noruega. A Força-Tarefa incluiu os destróieres USS Bainbridge e USS Mahan, que formaram um grupo de ação de superfície junto com navios noruegueses e franceses na área de Svalbard e ao largo da costa norte da Noruega.

Durante essas manobras, a Aviação Naval Russa desdobrou o Il-38, que foi registrado voando em baixa altitude, além de um navio que acompanhou o monitoramento da operação aliada. Fotografias divulgadas pelas Forças Armadas da Noruega documentaram essas ações.

O vice-almirante Rune Andersen, chefe do Quartel-General Operacional da Noruega (FOH), afirmou que o interesse russo nas atividades da OTAN é “completamente normal”, e destacou que o comportamento das unidades russas foi “profissional e em conformidade com o Acordo de Incidentes no Mar entre Noruega e Rússia”, que busca prevenir incidentes perigosos entre as forças de ambos os países.

Por sua vez, Andersen ressaltou que “a aliança da OTAN e os Estados Unidos são o núcleo da nossa defesa nacional. A capacidade da Noruega e de suas Forças Armadas de receber aliados é crucial para a defesa da Noruega e da região nórdica”. Acrescentou que a cooperação e o treinamento conjunto em tempos de paz são essenciais para operar de forma eficaz em caso de crise.

O contra-almirante Paul Lanzilotta, comandante do grupo de porta-aviões, viajou do Gerald R. Ford até Bodø para se reunir com Andersen e com pessoal do FOH envolvido no planejamento do exercício.

O desdobramento também incluiu exercícios de ataque em conjunto com a Real Força Aérea da Noruega e operações no Mar de Barents, considerado a “porta ártica” da Rússia. A Sexta Frota dos Estados Unidos afirmou que a presença do Gerald R. Ford na região tem como objetivo dissuadir agressões, garantir a prosperidade econômica e manter a liberdade de navegação em águas internacionais.

Este episódio soma-se a antecedentes semelhantes em que aeronaves russas monitoraram operações de porta-aviões norte-americanos. Em março, um avião Il-38N da Marinha Russa foi interceptado por caças F-35C e F/A-18 Super Hornet após sobrevoar a área onde operava o porta-aviões USS Carl Vinson no Pacífico.

Imagens meramente ilustrativas.

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