Há anos, as Forças Armadas Argentinas avaliam diversas alternativas para recuperar um segmento de sua força aérea baseada em aeronaves pesadas de transporte de asas rotativas. A perda em combate dos Chinooks da Força Aérea do Exército na Guerra das Malvinas, juntamente com a subsequente desativação dos sobreviventes da Força Aérea, nunca foi totalmente recuperada, mesmo com a incorporação dos Mil Mi-171Es, que permanecem armazenados na Área de Materiais de Quilmes. Por esse motivo, os respectivos comandos vêm avaliando alternativas e propostas recebidas nos últimos anos, sendo a mais notável baseada em helicópteros de transporte pesado CH-53G, que em breve serão desativados pela Força Aérea da Alemanha (Luftwaffe).

Conforme noticiado pela Zona Militar no início de julho passado, e no âmbito do fortalecimento das relações bilaterais com os Estados Unidos e países europeus, foi mencionada a possibilidade de recuperação deste segmento da aviação militar de asas rotativas.
Especificamente, a recuperação destas capacidades poderia ser alcançada através da frota de helicópteros CH-53G da Força Aérea Alemã, que eram anteriormente operados pelo Exército Alemão e estão em processo de aposentadoria de serviço, deixando a liderança nas mãos dos novos CH-47F Bloco II Chinooks adquiridos pela Alemanha dos Estados Unidos.
A proposta recebida pelo Ministério da Defesa, pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e pelas respetivas lideranças tem vindo a ser considerada, a tal ponto que, segundo fontes autorizadas, estão a progredir nos esforços de avaliação dos CH-53G, que operam dentro da organização da 64ª Ala de Helicópteros, sediada na base de Laupheim, localizada na cidade homónima, no estado de Baden-Württemberg.

Assim, as fontes mencionadas indicaram que novos desenvolvimentos em relação a este processo são aguardados, enquanto o governo e as autoridades alemãs aguardam uma solicitação formal do Ministério da Defesa para providenciar, dentro de um prazo razoável, uma visita de uma comissão técnica à unidade da Força Aérea Alemã mencionada.
No entanto, como observado, diversas alternativas estão sendo avaliadas. Dada a origem do material em questão, qualquer compra/venda, transferência ou doação deve ter a autorização e o endosso do governo dos Estados Unidos, como é o caso de qualquer equipamento militar desta origem.


Por sua vez, como mencionado anteriormente, o envio de uma comissão técnica para avaliar e apresentar os respectivos relatórios não é, de forma alguma, indicativo de uma operação bem-sucedida. Basta mencionar outras opções avaliadas anteriormente, como o CH-46 Sea Knight, proposta apresentada pelos Estados Unidos que acabou sendo rejeitada categoricamente pela Força Aérea Argentina, que também favoreceu outras opções mais viáveis.
Sobre os CH-53Gs da Força Aérea Alemã
Uma breve análise mostra que essas aeronaves de grande porte e capacidade têm um longo histórico de serviço, com mais de 50 anos nas Forças Armadas Alemãs. Originalmente, o Corpo de Aviação do Exército Alemão (Heer) operava uma frota de até 110 exemplares da versão “G”, derivada do CH-53D, dos quais 108 foram construídos localmente pela VFW-Fokker.
Nas décadas seguintes, a aeronave passou por diversas atualizações para atender aos novos requisitos alemães, até que, na década de 2010, como parte da reestruturação das Forças Armadas Alemãs, os CH-53G foram transferidos para a Força Aérea Alemã, que ainda os opera dentro da organização da 64ª Ala de Helicópteros, sediada na base de Laupheim, na cidade de mesmo nome, no estado de Baden-Württemberg.
Entre os desenvolvimentos mais recentes, sua futura substituição foi confirmada com a compra de 60 novos helicópteros CH-47F Bloco II da Boeing, com progressos em 2024 no treinamento e formação dos primeiros pilotos e tripulações alemães nos Estados Unidos. De acordo com anúncios oficiais, as primeiras unidades devem ser entregues à Força Aérea Alemã em 2027.
*Imagens conceituais usadas para fins ilustrativos – Zona Militar
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