Durante o recente exercício naval TAMING SARI 23/25, a Marinha Real da Malásia (TLDM) alcançou um marco em suas capacidades de guerra antissubmarino: pela primeira vez, o submarino da classe Scorpène, KD Tun Razak, disparou um torpedo Black Shark em configuração de combate. O disparo ocorreu em 29 de julho, durante manobras realizadas pela Força nas águas do Mar da China Meridional, que também incluíram lançamentos de mísseis antinavio Exocet por unidades de superfície, como a fragata KD Lekiu e o navio de proa KD Lekir.

O Exercício TAMING SARI 23/25, realizado entre 8 e 31 de julho nas bases navais de Lumut e Kota Kinabalu, foi executado em coordenação com o exercício KERISMAS 28/25. Ambos os exercícios, realizados na Zona Marítima da Malásia, no Mar da China Meridional, contaram com a participação da Marinha, do Exército, da Força Aérea Real e da Agência Marítima de Aplicação da Lei. Durante essas sessões, as atividades buscaram não apenas fortalecer a interoperabilidade, mas também avaliar protocolos operacionais e refinar respostas a ameaças convencionais em cenários complexos.

Submarinos Scorpene da Marinha Real da Malásia

A Marinha Real da Malásia opera atualmente dois submarinos Scorpene, designados classe Perdana Menteri: o KD Tunku Abdul Rahman e o KD Tun Abdul Razak, ambos comissionados em 2009 após um contrato assinado com a França em 2002. Cada unidade tem um deslocamento de aproximadamente 1.600 toneladas na superfície e 1.740 toneladas submerso, um comprimento de quase 67 metros, uma tripulação de 32 pessoas e pode atingir velocidades de até 20 nós submerso. É equipado com sonar ativo/passivo, radar de navegação em banda I, um sistema Thales DR 3000 ESM e armamento versátil: torpedos pesados ​​Black Shark, mísseis antinavio Exocet SM39 e até 30 minas navais.

Para garantir sua prontidão operacional, a Marinha concedeu um contrato de manutenção e reparo de cinco anos em 2025, avaliado em aproximadamente US$ 240 milhões, à BHIC Submarine Engineering Services, com reformas abrangentes planejadas na base de Teluk Sepanggar. Isso, por sua vez, faz parte do plano de transformação 15 para 5, que busca consolidar a frota e garantir a sustentabilidade de suas capacidades avançadas.

Por sua vez, o torpedo pesado Black Shark, projetado e fabricado pela empresa italiana WASS (Leonardo) especificamente para o Scorpene e outros submarinos da classe, conta com guiamento por fibra óptica, sonar multifrequência avançado e melhorias substanciais em detecção, velocidade (93 km/h) e alcance (até 50 km). Sua propulsão elétrica com motor sem escovas e bateria de Al-AgO previne perdas de desempenho em grandes profundidades. A versão mais recente, denominada Black Shark Advanced, incorpora baterias de polímero de lítio e capacidades aprimoradas de ECCM.

Finalmente, é importante destacar que este tipo de exercício, com a adição do disparo bem-sucedido do torpedo Black Shark, não apenas valida as capacidades dos submarinos Scorpene da Marinha Real da Malásia, mas também demonstra um alto nível de integração tática, coordenando ataques de unidades de superfície e submersíveis. Esses tipos de exercícios combinados fortalecem a dissuasão estratégica da Malásia em um ambiente marítimo cada vez mais competitivo, ao mesmo tempo em que ressaltam o progresso de seu programa de modernização e seu compromisso em manter uma presença confiável e preparada no Indo-Pacífico.

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