O Departamento de Defesa dos Estados Unidos confirmou a concessão de um novo contrato de US$ 3,5 bilhões à Raytheon para a produção de novos mísseis ar-ar AIM-120 AMRAAM para as forças armadas dos países aliados. O acordo faz parte do programa Vendas Militares Estrangeiras (FMS) e inclui mais de uma dúzia de países aliados que receberam autorização do Departamento de Estado, com posterior aprovação do Congresso, para adquirir esses novos mísseis ar-ar para suas frotas de aeronaves de combate e outros sistemas de defesa aérea.

De acordo com o comunicado oficial, o contrato abrange não apenas a fabricação dos mísseis AIM-120, correspondentes aos lotes 39 e 40, mas também dos sistemas de telemetria associados, peças de reposição e componentes, tarefas de suporte e engenharia de produção. Além disso, com esta adjudicação, a Raytheon consolida um dos maiores contratos já assinados para mísseis da família AMRAAM, superando significativamente o acordo de US$ 1,2 bilhão assinado em 2023. No entanto, o número de mísseis fornecidos sob o contrato ainda não foi confirmado.
As tarefas associadas serão realizadas nas instalações da Raytheon, com um cronograma que prevê a conclusão das entregas até o terceiro trimestre de 2031. A entidade responsável pelo contrato é o Centro de Gerenciamento do Ciclo de Vida da Força Aérea dos Estados Unidos (AFLCMC), por meio de sua Divisão de Domínio Aéreo. Além disso, o contrato assinado prevê o fornecimento de mísseis para Dinamarca, Bélgica, Japão, Holanda, Canadá, Finlândia, Alemanha, Hungria, Espanha, Polônia, Suécia, Taiwan, Lituânia, Reino Unido, Austrália, Suíça, Ucrânia, Israel e Kuwait, refletindo o alcance global e a padronização do sistema entre os principais aliados dos EUA.
Reconhecidos por sua eficácia como arma ar-ar de médio alcance com capacidade Além do Alcance Visual (BVR), os mísseis AIM-120 AMRAAM continuam a se consolidar como um pilar fundamental na arquitetura integrada de defesa aérea de inúmeras nações aliadas dos Estados Unidos. Sua versatilidade permite que sejam integrados a praticamente todas as aeronaves de caça de origem americana, bem como a uma ampla variedade de plataformas de combate utilizadas pela OTAN, países da Ásia-Pacífico e do Leste Europeu.

No entanto, sua aplicação não se limita apenas ao domínio aéreo: os AMRAAMs também são utilizados como mísseis terra-ar nos conhecidos sistemas de defesa aérea NASAMS (National Advanced Surface-to-Air Missile System), desenvolvidos em conjunto pela Raytheon e pela Kongsberg Defense da Noruega, o que reforça ainda mais sua versatilidade.
Por fim, vale ressaltar que, em um contexto global marcado por múltiplas zonas de conflito e uma crescente ameaça aérea, a demanda por mísseis AMRAAM aumentou significativamente. Esse aumento pode ser justificado por seu uso contínuo em diferentes teatros de operações, como os ataques de drones Houthi no Oriente Médio, missões defensivas na Síria e no Iraque, os recentes ataques do Irã contra Israel e a atual campanha de defesa aérea na Ucrânia.
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