No que parece ser um dos capítulos finais de um longo plano para adquirir 40 caças Eurofighter, a Força Aérea Turca está supostamente aguardando a autorização final do governo alemão para realizar a operação. Segundo relatos da mídia local, esta operação já é iminente, com a aprovação do novo chanceler, Friedrich Merz. A notícia em questão surge logo após o líder alemão se reunir com seu colega turco, Recep Tayyip Erdogan, na Cúpula da OTAN realizada recentemente em Haia.

Se isso acontecer e o governo alemão finalmente retirar o veto à venda, a Turquia poderá avançar com a implementação da operação impulsionada principalmente pelo Reino Unido, um dos quatro parceiros do programa Eurofighter (Alemanha, Espanha, Itália e Reino Unido); cuja aprovação unânime é necessária para realizar qualquer tipo de venda. Na Alemanha, em particular, foi a chamada “Coalizão do Semáforo”, composta pelos partidos FDP, SDP e Verdes, que estava impedindo tal consenso do governo, baseando seu argumento no papel turco nos conflitos na Síria e na Líbia; além de suas ações contra a população curda.

Da perspectiva do complexo militar-industrial dos parceiros do programa Eurofighter, a aprovação também é aguardada com ansiedade, já que atualmente a produção contínua dessas aeronaves depende em grande parte do aumento da demanda de exportação, como a representada pelo pedido turco. Embora a Alemanha e a Espanha planejem incorporar novas aeronaves em um futuro próximo, as empresas fabricantes consideram o número de caças encomendados insuficiente para sustentar uma linha de produção estável.

Isso pode ser visto especialmente no Reino Unido, que apresentou a proposta para 40 caças Eurofighter em março deste ano e está participando do consórcio de fabricação por meio da BAE Systems. Tanto que já foram registrados diversos apelos sindicais para que o país desistisse de uma grande compra de caças F-35 dos EUA e optasse pela aquisição de um número maior das aeronaves europeias citadas para equipar a Força Aérea Real, garantindo assim a continuidade de um número considerável de empregos e a capacidade local para a fabricação deste tipo de plataformas.

A venda em questão também é vista de forma positiva do ponto de vista político, de acordo com autoridades alemãs consultadas, considerando que ela permitiria laços mais estreitos com um país cujo mercado de aeronaves tem sido dominado principalmente por empresas americanas; aproveitando a lacuna representada pela venda nunca realizada de caças F-35, procurada por Ancara e negada por Washington. Se esses planos se concretizarem, Ancara se tornará um dos maiores usuários da plataforma fora dos quatro países parceiros, um ranking atualmente liderado pela Arábia Saudita com 72 Eurofighters adquiridos.

*Imagens utilizadas para fins ilustrativos

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