Em um golpe sem precedentes, a força de bombardeiros estratégicos da Rússia sofreu severas perdas após um ataque coordenado por drones FPV ucranianos. As filmagens e imagens que se tornaram virais nas últimas horas deram um primeiro vislumbre desta operação altamente bem-sucedida e complexa realizada pelo Serviço de Segurança da Ucrânia em território russo.

Os vídeos dessa operação contra a força de bombardeiros estratégicos da Rússia são espetaculares: desde um drone FPV avançando sobre a linha de aeronaves no solo, até um desses veículos aéreos não tripulados de ataque voando em direção ao seu alvo, enquanto colunas de fumaça sobem da aeronave impactada, e outro bombardeiro Tu-95MS explode.
Segundo relatos do próprio Ministério da Defesa russo, “…várias aeronaves pegaram fogo…” nas bases aéreas de Olenya e Belaya. O ministério também detalhou que ataques foram repelidos em outras bases, como Ivanovo Severny, Dyagilevo e Ukrainka. Enquanto isso, o lado ucraniano confirmou o ataque bem-sucedido, um ataque que supostamente destruiu ou danificou pelo menos 41 aeronaves. Esse número ainda não foi confirmado de forma independente, mas as primeiras imagens de satélite devem ser divulgadas nas próximas horas, permitindo uma avaliação dos danos da batalha.
A operação especial altamente complexa, chamada Pavutyna (Rede), foi realizada pelo Serviço de Segurança da Ucrânia. De acordo com veículos de comunicação ucranianos como o Ukrainska Pravda, o ataque com drones FPV levou 18 meses de planejamento e várias etapas de execução.
“…O Serviço de Segurança da Ucrânia (SSU) transportou primeiro drones FPV para a Rússia e, em seguida, caixas de madeira móveis. Em território russo, os drones foram escondidos sob os tetos dessas caixas, montados em caminhões. No horário combinado, os tetos foram abertos remotamente e os drones decolaram para atacar bombardeiros russos…”, informou o Ukrainska Pravda.



O SSU confirmou ao veículo mencionado que “…os oficiais envolvidos nesta operação histórica estão sãos e salvos na Ucrânia. Quaisquer prisões pelo regime de Putin serão usadas para propaganda interna…“
Para ter uma ideia do impacto potencial deste recente ataque de drones FPV, considere o número de aeronaves que as Forças Aeroespaciais Russas posicionaram na base aérea de Belaya até 31 de maio, conforme revelado por fotografias de satélite. “…A base aérea abrigava 7 Tu-160 (Blackjack), 6 Tu-95MS (Bear-H), 2 Il Il-78M (Midas), 6 An-26 (Curl), 2 An-12 (Cub), 39 Tu-22M3 (Backfire-C) e 30 MiG-31 (Foxhound)…”, detalha o relato do AviVector no X.
O ataque à força de bombardeiros estratégicos da Rússia é uma resposta à necessidade da Ucrânia de suprimir e destruir esses tipos de aeronaves, que têm sido usadas contra a infraestrutura estratégica e civil ucraniana desde o primeiro dia do conflito. Kiev solicitou em algumas ocasiões aos seus aliados ocidentais a transferência de armas que lhe permitiriam degradar a frota de bombardeiros russos, pedidos que não foram atendidos.
Diante dessa necessidade, as forças ucranianas consolidaram sua capacidade de operar drones de longo alcance contra alvos críticos em território russo, como vem ocorrendo nos últimos anos, causando alguns danos a ativos estratégicos. No entanto, o recente ataque de drones FPV é considerado um duro golpe para as Forças Aeroespaciais Russas, já que bombardeiros como o Tu-95, Tu-22M3 e Tu-160 formam a ponta de lança de sua capacidade ofensiva, além de serem (parcialmente) parte da tríade nuclear de Moscou.
Com as notícias ainda em andamento, é muito cedo para avaliar as perdas ou as consequências da perda de mais de 40 aeronaves estratégicas para a Rússia. À medida que as horas passam, atualizaremos vocês sobre o escopo e os resultados deste ataque de drone FPV, que é único na história.
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