Como parte da aposentadoria iminente dos antigos caças Eurofighter Tranche 1 da Força Aérea Real (RAF), o Ministério da Defesa do Reino Unido descartou a possibilidade de transferir esses caças, destinados à sucata, para a Força Aérea Ucraniana. No entanto, declarou que manterá e apoiará os atuais programas básicos de treinamento de voo, cursos de idiomas e outras iniciativas para treinamento de pilotos e pessoal em solo britânico para operar e sustentar caças F-16 transferidos por aliados europeus.

Durante esses mais de três anos de conflito, um dos esforços de ajuda mais significativos que Kiev recebeu foi a transferência de cerca de 90 caças F-16 Fighting Falcon para equipar a Força Aérea Ucraniana, um processo realizado por uma coalizão de países, incluindo Dinamarca, Holanda, Noruega e Bélgica, com apoio dos Estados Unidos. Essas nações também receberam apoio de outros países que, embora não operem o caça fabricado nos EUA, estão fornecendo suporte para o treinamento e a formação básica de futuros pilotos ucranianos nesta nova plataforma.
Entre esse grupo, o Reino Unido se destacou, fornecendo aos pilotos ucranianos treinamento básico de voo, solo e idioma por meio da Operação Interstrom. Até o momento, 200 militares foram treinados em solo britânico, aprendendo vários aspectos fundamentais das habilidades de aviadores de combate, como controle geral de aeronaves, navegação em baixa altitude e execução de formações complexas, entre outros. Eles também receberam treinamento em inglês para que pudessem aproveitar ao máximo seu curso básico de voo, o que os qualificou bem para prosseguir para o treinamento avançado em aeronaves de alta velocidade.
Entretanto, nos últimos meses, vários estudos e análises foram desenvolvidos para garantir que o apoio do Reino Unido não se limite apenas ao treinamento de pilotos. Entre as opções consideradas, houve até menção à transferência de alguns dos antigos caças Eurofighter Tranche 1 que em breve serão desativados pela RAF, com o objetivo principal de serem usados como fonte de peças de reposição para o restante da frota antes de seu posterior desmantelamento.

Essa possibilidade foi novamente levantada com o Ministro das Forças Armadas do Reino Unido, Luke Pollard, durante uma série de perguntas e respostas no Parlamento. A esse respeito, o deputado conservador Mark Francois perguntou ao funcionário sobre a avaliação do Ministério da Defesa sobre essa possibilidade e foi informado de que os caças haviam sido avaliados em diversas ocasiões para transferência para a Força Aérea Ucraniana e que Londres havia consultado Kiev em diversas ocasiões. Entretanto, essa opção foi finalmente descartada quando a transferência dos F-16 dinamarqueses e holandeses foi confirmada.
Além disso, Pollard argumentou que o número de caças F-16 comprometidos para transferência para a Ucrânia é significativamente maior do que o número de Typhoon Tranche 1 que a RAF ainda tem em serviço. Isso significa que o futuro da aeronave não será alterado, com a aposentadoria projetada de 26 unidades neste ano.
*Fotografias utilizadas para fins ilustrativos.
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