Como parte da operação realizada pelas Forças Armadas dos Estados Unidos na região do Caribe, foi oficialmente confirmado que duas aeronaves de combate da Aviação Militar Bolivariana da Venezuela voaram perto de um contratorpedeiro da Marinha dos EUA. O incidente, confirmado oficialmente pelo Departamento de Defesa em sua conta oficial X, teria envolvido dois caças F-16 venezuelanos e, segundo a mídia americana, o USS Jason Dunham (DDG 109).

Nas últimas semanas, como parte de uma estratégia da Casa Branca para combater cartéis de drogas, recursos e pessoal da Marinha dos EUA foram mobilizados para a região, incluindo contratorpedeiros e cruzadores com mísseis guiados, navios de assalto anfíbio e até mesmo um submarino de ataque com propulsão nuclear.

A presença militar de meios de combate de alto nível tem gerado tensões significativas entre Caracas e Washington, que atingiram um novo patamar com o recente ataque das forças militares americanas a um barco de drogas em 2 de setembro, após o presidente Donald Trump declarar: “Que isso sirva de alerta para qualquer um que tente trazer drogas para os Estados Unidos”.

Diante desse contexto, e menos de 48 horas após o incidente, a mídia local noticiou que aeronaves militares venezuelanas voaram perto de um dos destróieres destacados por Washington na região, manobra que ocorreu em espaço aéreo internacional, conforme confirmado oficialmente pelo Departamento de Defesa.

A esse respeito, o Departamento declarou: “Hoje, duas aeronaves militares do regime de Maduro voaram perto de um navio da Marinha dos EUA em águas internacionais. Essa ação altamente provocativa foi planejada para interferir em nossas operações de combate ao narcoterrorismo. O cartel liderado pela Venezuela está fortemente alertado para não empreender novos esforços para obstruir, dissuadir ou interferir nas operações de combate ao narcoterrorismo realizadas pelas forças militares dos EUA.”

Conforme relatado anteriormente, as aeronaves envolvidas no incidente eram dois caças F-16, paradoxalmente de origem americana e adquiridos pela Venezuela há décadas. Apesar da idade e dos embargos impostos ao país quanto à aquisição de armamento militar, a Força Aérea Militar Bolivariana envida grandes esforços para mantê-los operacionais, a fim de proteger o espaço aéreo venezuelano e realizar missões de ataque.

Isso é demonstrado por diversos incidentes ocorridos ao longo de 2024, nos quais os F-16 participaram de tarefas de proteção do espaço aéreo venezuelano, incluindo a interceptação de aeronaves ilegais e ataques a pistas clandestinas. Destaca-se também sua utilização em diversos tipos de exercícios, como os realizados no início do ano passado, nos quais foram lançados mísseis ar-ar como o AIM-9L Sidewinder e o Rafael Python 4.

Por sua vez, o USS Jason Dunham (DDG-109) é um dos três contratorpedeiros de mísseis guiados Arleigh Burke — os outros dois são o USS Gravely (DDG-107) e o USS Sampson (DDG-102) — destacados no Caribe para apoiar operações de combate ao narcotráfico.

Além desses navios, a presença naval dos EUA na região é complementada pelo Grupo de Assalto Anfíbio, liderado pelo USS Iwo Jima (LHD-7), juntamente com os navios USS San Antonio (LPD-17) e USS Fort Lauderdale (LPD-28), com um total de 4.500 militares, incluindo mais de 2.000 fuzileiros navais. Foram adicionados recentemente o cruzador de mísseis guiados USS Lake Erie (CG-70) e o submarino de ataque nuclear da classe Los Angeles, USS Newport News (SSN-750).

*Fotos da capa usadas para fins ilustrativos.

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