Em 16 de dezembro, militares da 5ª Frota, parte do Comando Central das Forças Navais dos EUA (NAVECENT/C5F), realizaram com sucesso o primeiro lançamento de um dos novos drones de ataque unidirecional das Forças Armadas dos EUA a partir de um navio no mar. A operação ocorreu a partir do Navio de Combate Litorâneo (LCS 32), da classe Independence da Marinha dos EUA, enquanto navegava no Golfo Pérsico.

Durante o teste, o navio executou o lançamento de um drone LUCAS (Sistema de Ataque de Combate Não Tripulado de Baixo Custo), marcando um marco na integração de sistemas não tripulados às operações navais dos EUA. O lançamento foi realizado pela Força-Tarefa 59, a força-tarefa do NAVCENT/C5F especializada em operações não tripuladas e autônomas.

USS Santa Barbara - Marinha dos EUA
USS Santa Barbara – Marinha dos EUA

A respeito disso, o Vice-Almirante Curt Renshaw, Comandante do NAVCENT/C5F, declarou: “Este primeiro lançamento bem-sucedido do LUCAS a partir de um navio de guerra marca um marco significativo na rápida disponibilização de capacidades não tripuladas acessíveis e eficazes para o combatente”. Ele acrescentou: “Esta conquista demonstra o poder da inovação e da colaboração conjunta nesta região crítica”.

O destacamento do sistema LUCAS faz parte de uma estratégia mais ampla anunciada no início de dezembro. Em 3 de dezembro, o Comando Central dos EUA informou a chegada ao Oriente Médio do primeiro esquadrão de drones de ataque unidirecional das Forças Armadas dos EUA. O drone lançado do USS Santa Barbara faz parte da Força-Tarefa Scorpion Strike, criada para equipar o pessoal militar com novas capacidades não tripuladas.

Os drones LUCAS implantados pelos EUA no Oriente Médio têm alcance estendido e podem ser lançados usando vários mecanismos, incluindo catapultas, sistemas de lançamento assistido por foguete e plataformas móveis terrestres ou montadas em veículos. A este respeito, Renshaw enfatizou que “esta plataforma irá, sem dúvida, melhorar a segurança marítima e a dissuasão regional”, referindo-se ao impacto operacional que estes sistemas podem ter no ambiente marítimo regional.

LUCAS - Marinha dos EUA

De acordo com informações divulgadas, o sistema LUCAS contará com pelo menos duas variantes, identificáveis ​​a partir de imagens publicadas pelo Pentágono. Uma variante será projetada para atacar alvos estáticos, enquanto a outra incorporará uma câmera com conexão via satélite, permitindo que o drone seja redirecionado após o lançamento e usado contra alvos móveis.

Analistas apontam que essa capacidade facilitaria o uso coordenado de enxames de drones, utilizando as versões equipadas com sensores como nós de controle para aquelas que carregam apenas uma ogiva explosiva. Essa abordagem representa uma diferença significativa em comparação com sistemas como o Shahed-136, usado pelo Irã e recentemente implantado tanto no Oriente Médio quanto no conflito na Ucrânia, que têm limitações de controle além da linha de visão.

Com este primeiro lançamento naval, a Marinha dos EUA está avançando na integração operacional de drones de ataque de baixo custo a partir de plataformas de superfície, expandindo o espectro de capacidades não tripuladas disponíveis para operações em ambientes marítimos complexos.

*Imagens obtidas da Marinha dos EUA.

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