No âmbito dos esforços para fortalecer as tarefas de vigilância e controle aeroespacial, bem como o combate às incursões ilícitas, a Força Aérea Brasileira (FAB) intensificou suas operações de interdição em coordenação com a Receita Federal do Brasil, por meio do emprego de aeronaves F-5M Tiger II e A-29 Super Tucano. As ações conjuntas concentram-se em corredores aéreos considerados sensíveis, com especial atenção às regiões de fronteira dos estados do Paraná e de Mato Grosso do Sul, onde as rotas utilizadas pelo contrabando e pelo narcotráfico continuam representando um desafio permanente à segurança nacional.

As medidas implementadas pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) incluem o emprego combinado de radares, juntamente com caças Northrop F-5M Tiger II e aeronaves de ataque Embraer A-29 Super Tucano, além do apoio de helicópteros e de equipes de fiscalização em solo da Receita Federal. Esse dispositivo integrado permite detectar, interceptar e neutralizar voos irregulares que ingressam no país sem plano de voo ou com matrícula adulterada, garantindo uma resposta rápida diante de qualquer violação do espaço aéreo brasileiro.

Embraer A-29 Super Tucano - Fuerza Aérea Brasileña.-
Embraer A-29 Super Tucano – Força Aérea Brasileira (FAB)

De acordo com o auditor da Receita Federal, Delbert Almeida, a cooperação entre ambas as instituições tem sido fundamental para ampliar a capacidade de fiscalização em áreas de difícil acesso. A esse respeito, afirmou: “Essa parceria com a Força Aérea nos permite fechar o cerco no âmbito aéreo. Enquanto a Receita atua nos portos e aeroportos, a FAB controla os céus e as rotas de ingresso irregular no território nacional”. Suas declarações refletem o crescente nível de integração operacional entre os órgãos de defesa e de controle aduaneiro.

No contexto das operações de vigilância, os A-29 Super Tucano têm se destacado por seu papel na interceptação de aeronaves ilegais, particularmente sobre a região amazônica de Roraima. Em dezembro, essas aeronaves voltaram a atuar no âmbito do Sistema Brasileiro de Defesa Aeroespacial (SISDABRA), interceptando um Cessna 182P que voava sem identificação sobre a Terra Indígena Yanomami. A aeronave foi obrigada a pousar e posteriormente abandonada por seu piloto, confirmando a eficácia do sistema de detecção precoce e resposta imediata da FAB.

Embraer A-29 Super Tucano - Fuerza Aérea Brasileña
Embraer A-29 Super Tucano – Força Aérea Brasileira (FAB)

Essas operações somam-se a uma série de interceptações realizadas ao longo de 2025, nas quais os A-29 e os F-5M participaram ativamente da aplicação das Medidas de Controle do Espaço Aéreo. Em novembro passado, uma missão semelhante resultou na neutralização de uma aeronave ilegal, evidenciando a continuidade do esforço brasileiro para manter a integridade de seu espaço aéreo e conter as atividades ilícitas provenientes do norte do continente.

O aumento dessas missões evidencia uma tendência sustentada da FAB em direção a uma maior coordenação interinstitucional, com foco na vigilância das fronteiras aéreas e no reforço da capacidade de resposta a voos irregulares. A combinação de meios de alerta antecipado, caças e aeronaves de ataque leve reflete a busca por um equilíbrio entre cobertura territorial, eficiência operacional e dissuasão diante das ameaças aéreas.

Créditos das imagens: Força Aérea Brasileira.

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