Após ter confirmado a compra de um lote de 20 novos caças Eurofighter ao Reino Unido, para os quais foram investidos mais de 8 bilhões de libras, o Ministério da Defesa da Turquia tornou público que incorporará suas primeiras aeronaves a partir do ano de 2030. Segundo indicou o atual titular da pasta, o ministro Yaşar Güler, está prevista a chegada de seis aeronaves ao longo desse ano, bem como de outras oito em 2031 e das últimas seis em 2032, completando assim a frota que reforçará as capacidades da Força Aérea Turca.

Un caza Eurofighter de la RAF

Cabe recordar, neste ponto, que a operação foi concretizada no mês de outubro passado, ocasião em que o primeiro-ministro britânico Keir Starmer visitou a cidade de Ancara para se reunir com o presidente turco Recep Tayyip Erdoğan. Nesse contexto, o líder trabalhista celebrou que o acordo representava o maior contrato de exportação de aeronaves em uma geração, o que permitiria à indústria aeronáutica local manter cerca de 20 mil postos de trabalho no país, especificamente em instalações localizadas em Edimburgo, Samlesbury, Bristol e Warton.

Para a Força Aérea da Turquia, a aquisição também representa o encerramento de uma longa negociação marcada por avanços e recuos para obter uma plataforma que complemente suas capacidades atuais, enquanto aguarda a chegada do futuro caça de quinta geração KAAN, desenvolvido localmente. Nesse sentido, é útil recordar que a instituição se apoia principalmente em seus caças F-16, que estão em processo de incorporação de novas tecnologias nacionais para ampliar seu poder de combate; exemplos disso são os recentes testes com os novos mísseis antinavio SOM-J, da Aselsan, ou os ensaios de tiro com os novos mísseis ar-ar Gökdoğan e Bozdoğan.

Cazas Eurofighter de la Real Fuerza Aérea británica

Em particular, a conclusão do acordo pelos caças Eurofighter havia sido consideravelmente atrasada, uma vez que enfrentava forte oposição por parte de um dos parceiros do consórcio. Argumentando que o governo turco era responsável por violações dos direitos humanos da população curda e por uma participação controversa nos conflitos da Síria e da Líbia, a Alemanha foi durante meses o principal obstáculo à venda. Foi somente com a chegada do novo chanceler, Friedrich Merz, que a posição de Berlim sofreu uma mudança favorável a Ancara, permitindo a concretização da operação.

Possibilidade de incorporar mais Eurofighters do Catar e de Omã

No mesmo contexto em que o ministro da Defesa turco antecipava as primeiras novidades sobre o cronograma de entrega previsto para seus novos caças, também foi indicado que sua pasta está negociando com Catar e Omã para incorporar um número maior de Eurofighters — neste caso, aeronaves usadas, que acelerariam a familiarização do pessoal local com a plataforma. Ainda não se conhece o número específico de aviões pretendidos pelo país, nem quando poderiam chegar às mãos de seus pilotos.

Cazas Eurofighter pertenecientes a la Real Fuerza Aérea británica

No entanto, foi indicado que os caças catarianos seriam incorporados com um considerável remanescente de horas de voo, além de serem acompanhados por um importante lote de armamentos e materiais associados, a fim de garantir sua rápida integração às frotas turcas. No caso das unidades provenientes de Omã, também se destaca que estas chegariam com poucas horas de uso, embora exigiriam um processo de modernização para equipará-las ao nível requerido por Ancara. Especificamente, fala-se da necessidade de incorporar um novo radar AESA, a capacidade de empregar mísseis METEOR e atualizações em sua aviônica.

Além disso, foi apontado que pilotos e técnicos turcos já estão trabalhando com seus aliados regionais em sua formação visando à incorporação da plataforma. O próprio ministro Güler expressou isso da seguinte forma: “Nossos pilotos no Comando Aéreo do Catar colaboram continuamente com os pilotos catarianos. Começaremos a formar pilotos e pessoal de manutenção do Eurofighter tanto no Catar quanto em Omã o mais rápido possível.”

Imagens utilizadas a título ilustrativo

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