Embora a publicação oficial pela Agência de Cooperação de Segurança de Defesa (DSCA) ainda não tenha sido divulgada, o governo dos EUA estaria avançando com a autorização de um pacote de modernização para os caças F-16 Block 52 da Força Aérea do Paquistão. Essa informação provém de registros divulgados pelo Congresso americano, que revelaram a solicitação do Departamento de Estado para aprovação da operação, avaliada em US$ 686 milhões e enquadrada no programa de Vendas Militares Estrangeiras (FMS).

A Força Aérea do Paquistão tem sido uma importante operadora de caças F-16 desde a década de 1980, adquirindo-os em lotes sucessivos sob os programas Peace Gate I, II, III e IV, embora não sem enfrentar embargos devido às relações instáveis ​​entre Islamabad e Washington. No entanto, graças ao relançamento das relações entre os dois países na década de 2000, no âmbito da chamada Guerra ao Terror, o país conseguiu reconstruir seus laços, possibilitando a aquisição dos F-16 mais modernos atualmente em seu inventário, pertencentes ao Block 52 (12 F-16C e 6 F-16D).

F-16 - Força Aérea do Paquistão
Staff Sgt. Zane House, 55th Expeditionary Fighter Generation Squadron dedicated crew chief, directs a Pakistan Air Force F-16 aircraft to a parking spot at a PAF operational base, March 2, 2022. U.S. and Pakistan Air Force maintenance and weapons members conducted Integrated Combat Turnaround training as part of Falcon Talon 2022. ICTs are rapid re-arming and refueling of aircraft with engines still running, reducing ground time to quickly resume air operations. This Agile Combat Employment operation, held Feb. 28 – March 4, 2022, is the first bilateral training event between the two countries since 2019. (U.S. Air Force photo by Master Sgt. Christopher Parr)

Por essas razões, e dada a necessidade de manter uma de suas principais plataformas de combate atualizada, o governo paquistanês solicitou aos Estados Unidos a aquisição de diversos sistemas e serviços que constituiriam um pacote de modernização. Os registros indicam que esses sistemas e serviços seriam focados nas aeronaves Block 52 da Força Aérea do Paquistão.

Isso se baseia nas justificativas apresentadas ao Comitê de Relações Exteriores para aprovar a venda, que afirmam: “A venda proposta permitirá ao Paquistão manter sua capacidade de enfrentar ameaças atuais e futuras, atualizando e modernizando sua frota de F-16 Block 52 e aeronaves em programas de atualização de meia-vida.”

Acrescentando ainda: “Essas atualizações proporcionarão uma integração e interoperabilidade mais fluidas entre a Força Aérea do Paquistão e a Força Aérea dos Estados Unidos em operações de combate, exercícios e treinamento, enquanto o trabalho de reforma estenderá a vida útil das aeronaves até 2040 e abordará questões críticas de segurança de voo. O Paquistão demonstrou seu compromisso com a manutenção de suas forças militares e não terá dificuldades em incorporar esses itens e serviços às suas Forças Armadas.”

F-16 - Força Aérea do Paquistão
Um F-16D Block 52+ passa por testes nos EUA antes de ser entregue à Força Aérea do Paquistão. 30 de setembro de 2009.

A apresentação também fornece, além do valor da transação declarado e do fato de que a Lockheed Martin seria a principal fornecedora, uma lista de vários dos equipamentos e sistemas que fariam parte do acordo, como novos sistemas Datalink 16 e bombas de treinamento inertes MK 52 de 500 libras.

O pacote também incluiria: “…modificações de hardware e software da aeronave para dar suporte ao Programa Operacional de Voo e atualizações obrigatórias de aviônicos; sistema avançado de Identificação Amigo ou Inimigo (AIFF) AN/APX-126 (ou equivalente); módulos criptográficos KY-58M e KIV-78; carregadores de chave única AN/APQ-10C; equipamentos e suporte adicionais para comunicações seguras, navegação de precisão e criptografia; sistemas conjuntos de planejamento e suporte de missão; e equipamentos comuns integrados de reprogramação e teste de munições (…)”.

Por fim, e em relação ao exposto acima, cabe ressaltar que o pacote de modernização, aguardando seu anúncio, poderá ser complementado pela potencial venda de novos mísseis ar-ar para os F-16 paquistaneses, como evidenciado pelo contrato concedido à Raytheon para o fornecimento de mísseis AMRAAM a países aliados no âmbito do programa de Vendas Militares Estrangeiras (FMS), que inclui o Paquistão.

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