Constituindo uma nova demonstração do estreito vínculo que ambos os países mantêm em matéria de defesa, foi divulgado que bombardeiros estratégicos H-6K e Tu-95 das Forças Aéreas da China e da Rússia patrulharam juntos o Pacífico, sendo esta a segunda vez no ano que isso ocorre. Segundo informam meios locais, o voo das mencionadas aeronaves ocorre como parte de um plano anual de cooperação estabelecido entre Moscou e Pequim, tratando-se da décima patrulha aérea conjunta registrada desde 2019.

bombarderos chinos y rusos en un vuelo de patrullaje combinado

Aprofundando alguns detalhes, observáveis em vídeos recentemente publicados nas redes sociais, deve-se mencionar que os bombardeiros H-6K e Tu-95 contaram com a escolta de diversos tipos de aeronaves de combate e de alerta antecipada. No primeiro caso, tratou-se dos caças J-11BS, J-16 e Su-30MK2, enquanto no segundo foram empregados aviões KJ-500A; todos pertencentes à Força Aérea da China.

Nesse sentido, especialistas consultados por meios de comunicação chineses destacaram que essa combinação de plataformas permite o desdobramento de bombardeiros a longas distâncias, mantendo-os protegidos de potenciais ameaças que, isoladamente, não poderiam contrapor. Além disso, enfatizam que isso contribui para a interoperabilidade entre ambas as forças, algo celebrado nos dois países como um êxito alcançado em poucos anos graças ao “pragmatismo” que guia a aliança.

Por outro lado, também foi fortemente sublinhado por diversos analistas do Gigante Asiático que a missão ocorre no ano em que se comemora o 80º aniversário da vitória Aliada sobre as potências do Eixo na Segunda Guerra Mundial, da qual o Japão fez parte. A questão não é menor, já que, diante das crescentes tensões entre Tóquio e Pequim após a chegada da nova primeira-ministra Sanae Takaichi, a China vem utilizando essa efeméride como uma de suas cartas discursivas. Nesse sentido, o voo de patrulha não pode deixar de ser interpretado como uma mensagem de dissuasão dirigida ao país insular e a seus aliados, gerando alertas entre os estrategistas japoneses e elevando as tensões regionais.

Seguindo essa lógica, os meios estatais em Pequim insinuaram que a patrulha conjunta das mencionadas aeronaves teria transitado pelo chamado estreito de Miyako, uma rota aberta para o trânsito de plataformas conforme estabelecido pelo direito internacional. Acrescentam ainda que existe a possibilidade de que os bombardeiros tenham realizado operações simultâneas nas proximidades da área onde está destacado o porta-aviões Liaoning, a partir do qual estão sendo realizados voos de adestramento com os aviões que compõem sua ala aérea embarcada.

portaaviones Lioning de la Armada de China

Citando Zhang Junshe, entrevistado por publicações locais como especialista militar chinês: “Quando as operações de defesa o exigirem, a eficácia em combate das operações aeronaval conjuntas será ainda maior. Os bombardeiros estratégicos da força aérea, graças à sua capacidade de ataque de longo alcance e ao seu potente poder de fogo, podem cooperar estreitamente com as aeronaves dos porta-aviões e com os navios de escolta da formação de porta-aviões da Marinha.”

Por fim, é oportuno recordar que, no passado, os bombardeiros H-6 da Força Aérea da China já haviam sido empregados em voos de patrulha — e também como mensagem de dissuasão — contra os EUA e seus aliados em momentos de elevada tensão. Um dos exemplos mais notáveis ocorreu em julho do ano passado, quando as mencionadas aeronaves voaram dentro da Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) do Alasca, onde foram interceptadas por caças F-16, F/A-18 Hornet e F-35A das Forças Aéreas dos Estados Unidos e do Canadá.

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