O Departamento de Defesa dos EUA concluiu sua revisão do Projeto AUKUS, o acordo para fornecer à Austrália submarinos de ataque nucleares da classe Virginia, identificando áreas para fortalecer a implementação do acordo, disse um oficial do Pentágono.
O governo Trump iniciou uma revisão formal do pacto de segurança AUKUS — que envolve os EUA, a Austrália e o Reino Unido — em junho. O pacto é avaliado em centenas de bilhões de dólares. De acordo com autoridades de Washington, os resultados da revisão serão discutidos na próxima semana durante uma reunião na capital dos EUA entre os ministros da Defesa e das Relações Exteriores dos EUA e da Austrália. Uma reunião trilateral com participação britânica deverá ocorrer em seguida.

O porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, afirmou que, “em consonância com a orientação do Presidente Trump de que o AUKUS deve avançar ‘a todo vapor’, a revisão identificou oportunidades para consolidar o acordo da forma mais robusta possível”. O Ministro da Defesa australiano, Richard Marles, confirmou que Canberra recebeu o relatório e está “analisando-o”. Um funcionário britânico indicou que o Reino Unido também recebeu o documento e acolheu favoravelmente suas conclusões.
A revisão havia inicialmente gerado preocupações na Austrália devido à magnitude do compromisso — o maior da história da defesa do país —, mas essas preocupações começaram a dissipar-se depois que Trump expressou seu apoio ao programa durante uma reunião com o Primeiro-Ministro Anthony Albanese na Casa Branca, em outubro.

O plano original AUKUS, anunciado em 2023 durante o governo Biden, prevê que os Estados Unidos vendam vários submarinos de ataque da classe Virginia para a Austrália, enquanto Londres e Canberra construirão posteriormente uma nova classe de submarinos de ataque SSN-AUKUS baseados em tecnologia americana. A Austrália planeja investir A$ 368 bilhões (US$ 240 bilhões) ao longo de três décadas, incluindo contribuições substanciais para o fortalecimento da capacidade de construção de submarinos dos EUA.
A revisão foi liderada pelo Subsecretário de Defesa Elbridge Colby, que já havia enfatizado que os submarinos são um recurso escasso e crítico, e que a indústria americana está com dificuldades até mesmo para atender à sua própria demanda.
Segundo um funcionário americano, a reunião entre os ministros da Defesa e das Relações Exteriores da Austrália e os secretários de Defesa e de Estado dos EUA está agendada para segunda-feira. Enquanto isso, o encontro trilateral com o secretário de Defesa britânico, John Healey, deverá ocorrer na quarta-feira, em Washington. Canberra e Londres ainda não confirmaram oficialmente as datas.

Esse apoio político pôs fim às dúvidas que surgiram da revisão iniciada em junho. O acordo AUKUS, assinado em 2021, estipula que a Austrália adquirirá entre três e cinco submarinos da classe Virginia antes de iniciar a construção local dos futuros submarinos nucleares de ataque (SSNs) da classe AUKUS, que devem entrar em serviço na década de 2040. A compra inicial permitirá que a Austrália desenvolva infraestrutura, mão de obra qualificada e experiência operacional em embarcações de propulsão nuclear.
*Imagens meramente ilustrativas.
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