A chegada dos caças F-16 da Força Aérea Argentina na última sexta-feira, 5 de dezembro, continua revelando novidades e curiosidades relacionadas ao seu voo ferry, iniciado no final de novembro na Dinamarca. Em particular, e graças a um vídeo divulgado pela Instituição, pôde-se saber que, na parte final do voo com destino ao Área Material Río Cuarto, enquanto sobrevoavam o espaço aéreo do Brasil, os aviões de combate argentinos foram escoltados por uma formação de caças F-39E Gripen E da Força Aérea Brasileira (FAB), proporcionando uma imagem única e uma mensagem de cooperação militar entre os dois gigantes sul-americanos.
A realização do voo ferry a partir da Dinamarca marcou uma travessia de 13 mil quilômetros, contando com o apoio de outras Forças Aéreas e países que forneceram suas instalações e capacidades para que os aviões argentinos chegassem com sucesso.
Embora a atenção tenha se concentrado nos KC-135R destacados pela Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), indispensáveis para realizar a travessia do Atlântico, outros países como Espanha e Brasil ofereceram suas respectivas instalações para servirem como escalas dos F-16 argentinos, como é o caso das bases aéreas de Zaragoza e Gando, em território espanhol, e da Base Aérea de Natal, no nordeste do Brasil.
Neste último caso, a base brasileira recebeu a formação composta por seis caças F-16AM/BM, juntamente com três KC-135R, além das aeronaves de transporte Boeing 737 T-99 e KC-130H TC-69; estas duas últimas empregadas em funções de transporte de pessoal, apoio logístico e missões de busca e salvamento (SAR).
Por esse motivo, a última fase do voo ferry rumo ao Área Material Río Cuarto compreendia o sobrevoo do espaço aéreo brasileiro, sem novas escalas, realizando ainda um novo reabastecimento em voo entre os F-16 e os KC-135 norte-americanos.
Foi nesta fase do ferry que, graças à publicação mencionada, observou-se que parte do voo contou com o apoio e a escolta dos novos e modernos caças F-39E Gripen da Força Aérea Brasileira, oferecendo uma primeira imagem dos novos tempos que começam a despontar para a aviação de caça sul-americana.
Não é exagero pensar que, no contexto de futuros exercícios combinados, como novas edições do Exercício Multinacional CRUZEX, essa cena possa voltar a se repetir entre os aviões de combate argentinos e brasileiros.
Vídeo | Força Aérea Argentina
Por fim, diante do apoio oferecido por diversas forças aéreas e da camaradagem entre ambas, só resta dizer: parabéns.
Talvez você se interesse: É registrado o primeiro lançamento de um míssil MBDA Meteor a partir de um dos novos caças Gripen E da Força Aérea Brasileira
