O porta-aviões nuclear USS Gerald R. Ford (CVN-78) da Marinha dos Estados Unidos (US Navy) voltou a ser desdobrado no Caribe no âmbito da operação militar Southern Spear, após relatos em tempo real indicarem que a embarcação deixou Frenchman’s Cove, em St. Thomas, rumo ao sudeste. Este novo movimento do porta-aviões nuclear, um dos principais ativos do Carrier Strike Group 12 (CSG-12), aprofunda novamente o desdobramento norte-americano na área de responsabilidade do Comando Sul dos EUA (SOUTHCOM), no contexto das operações de vigilância e segurança marítima que a frota vem realizando.
A retomada das operações do Gerald R. Ford ocorre poucos dias após sua escala programada em St. Thomas, Ilhas Virgens, visitada pela tripulação após concluir uma intensa fase de exercícios aéreos e operações combinadas no Caribe. Como informou Zona Militar em um artigo anterior, o porta-aviões havia ingressado na região em 16 de novembro, após cruzar o Passo de Anegada, iniciando uma série de missões voltadas para a interdição de redes criminosas transnacionais e para reforçar a presença dissuasiva dos Estados Unidos no hemisfério.
O novo deslocamento do CVN-78 coincide com o contínuo aumento da atividade aérea a bordo da embarcação nos últimos dias. As aeronaves da Carrier Air Wing 8 (CVW-8) — entre elas os caças F/A-18E/F Super Hornet, aviões de ataque EA-18G Growler e de alerta antecipado E-2D Advanced Hawkeye — realizaram operações de pouso e novo lançamento durante sua permanência no Caribe, mantendo um alto nível de prontidão requerido para missões de vigilância, controle do espaço marítimo e resposta rápida.
De acordo com antecedentes recentes, o Gerald R. Ford já havia participado de manobras conjuntas e mensagens estratégicas com um bombardeiro estratégico B-52H Stratofortress em 13 de novembro, exercício que integrou o poder aéreo embarcado com meios de longo alcance. A partida desde St. Thomas pode antecipar uma nova fase de atividades operacionais dentro da campanha Southern Spear, que busca fortalecer a capacidade de detecção, interdição e ação rápida diante das dinâmicas de segurança observadas no Mar do Caribe e, em particular, no caso da Venezuela.
O movimento do porta-aviões também é complementado pelo desdobramento anfíbio liderado pelo USS Iwo Jima (LHD-7) e pela presença ativa da 22nd Marine Expeditionary Unit, que nas últimas semanas vem realizando exercícios de artilharia, tiro e operações embarcadas no Caribe. A integração entre o CSG-12 e as forças expedicionárias do Corpo de Fuzileiros Navais busca refletir uma estratégia combinada que facilita operações multidomínio em diferentes áreas do teatro de operações do Carrier Strike Group 12.
Embora ainda não tenha sido informado oficialmente o destino imediato do Gerald R. Ford após sua partida rumo ao sudeste, a continuidade operacional do porta-aviões na região indica que a US Navy mantém um ritmo constante de atividades dentro da área de SOUTHCOM. O trânsito do CVN-78 será monitorado nas próximas horas por plataformas de acompanhamento marítimo e por fontes militares norte-americanas.
Fotografias utilizadas para fins ilustrativos.
Você pode se interessar: Com seu retorno aos EUA, o porta-aviões nuclear USS Nimitz deu início à fase final de seu último desdobramento antes de sua retirada do serviço
