Após várias dúvidas que pareciam apontar para a compra de novos caças F-35 em detrimento do programa, a Força Aérea da Grécia finalmente decidiu prosseguir com a modernização de seus caças F-16 Block 50 para o padrão Block 70, que atualmente compreende cerca de 38 aeronaves. Segundo relatos da mídia local, a decisão já recebeu a aprovação do atual governo grego, que optou por acatar as recomendações feitas pela referida instituição em relação ao futuro desses caças.

Mais especificamente, espera-se que a comissão parlamentar responsável por avaliar a viabilidade do programa dê sua aprovação no início do próximo ano. As autoridades gregas pretendem que isso aconteça o mais rápido possível para iniciar os procedimentos correspondentes com os Estados Unidos associados ao programa. Especificamente, a ideia por trás disso é adicionar os 38 caças F-16 restantes mencionados anteriormente à frota existente de 83 aeronaves F-16 Block 52+ já selecionadas para passar por trabalhos de modernização para o padrão Viper, prevendo que até o final da década a Força Aérea Helênica terá uma frota consolidada de 121 aeronaves.

Por outro lado, notícias da mídia local indicam que Atenas já está se preparando para enviar uma Carta de Solicitação (LOR) a Washington para formalizar sua decisão, especificando os requisitos técnicos, o armamento desejado e as peças de reposição necessárias para garantir a prontidão operacional. Uma vez dado esse passo, o caminho estará livre para uma subsequente Carta de Oferta e Aceitação (LOA), que detalhará os custos, os cronogramas de trabalho e outros assuntos relacionados.

Vale ressaltar que, nesse contexto, o aspecto financeiro é um dos maiores obstáculos que Atenas enfrenta na modernização de sua frota de caças F-16. É importante lembrar que a oferta inicial dos EUA foi estimada em cerca de € 1,8 bilhão, valor considerado proibitivo pelas autoridades gregas. Isso obrigou a instituição a buscar mecanismos para obter novos recursos por meio da venda de material substituído de seus navios dos blocos 50 e 52+, enquanto as equipes de negociação buscavam reduções de preço junto aos seus homólogos americanos. Até o momento, o custo foi reduzido para um valor próximo a € 1 bilhão, quantia agora considerada mais viável.

Retomando os pontos mencionados anteriormente, é importante notar que, se esses recursos fossem alocados para a modernização dos seus F-16, a Grécia não conseguiria mais prosseguir com a compra dos novos caças furtivos F-35 em um futuro próximo. Como relatamos em meados de setembro, essa era uma possibilidade considerada por Atenas como alternativa ao programa mencionado, embora implicasse a compra de entre 8 e 12 novas aeronaves em vez das 38 incluídas no programa de modernização. Caso esse caminho tivesse sido seguido, Atenas poderia ter expandido sua frota já encomendada de 20 caças de quinta geração, com entregas previstas para começar em 2028.

Com essa nova estratégia, a Força Aérea Helênica planeja o futuro com uma frota de 200 aeronaves de combate operacionais, combinando modelos de quarta e quinta geração. Este plano baseia-se nos 83 caças F-16 Block 52+ já em processo de modernização, nos 38 F-16 Block 50 que seriam adicionados, nos 24 caças Rafale F3R, nos 20 caças de quinta geração F-35A mencionados anteriormente e na frota remanescente de caças Mirage 2000-5 e F-16 Block 30 que seriam mantidos em apoio a esta fase de transição.

*Imagens utilizadas para fins ilustrativos.

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