No que constituiria a primeira vez em que o caça furtivo é exportado a um cliente internacional, a Rússia teria concretizado a entrega dos primeiros dois caças furtivos de quinta geração Su-57E para a Força Aérea da Argélia, país que aguarda receber uma frota composta por doze exemplares no total. A novidade foi confirmada no último dia 17 de novembro por Vadim Badekha, que atualmente atua como CEO da United Aircraft Corporation (UAC), durante uma entrevista concedida à televisão russa no contexto de uma nova edição do Dubai Airshow 2025.

Retomando algumas de suas próprias declarações: “Nosso cliente estrangeiro e nosso parceiro estrangeiro já receberam as duas primeiras aeronaves. Elas iniciaram seu serviço de combate e estão demonstrando suas melhores qualidades. Nosso cliente está satisfeito.” Cabe destacar, com base nisso, que Badekha não forneceu maiores detalhes sobre qual seria o cliente, tratando-se de inferências baseadas nos antecedentes registrados. Tal como relatamos em outubro deste mesmo ano, existem diversas razões para situar a Argélia como cliente do Felon, incluindo documentos vazados ou a crescente aproximação entre Argel e Moscou para outras aquisições na área de defesa.
A já mencionada ocasião do Dubai Airshow 2025 também não é um dado menor, considerando que a Rússia enviou o Su-57 para participar de demonstrações aéreas diante de potenciais futuros clientes da plataforma, nas quais foi possível observar uma nova série de melhorias relevantes. Entre as mais destacáveis, analistas observaram uma nova tela panorâmica no cockpit, a qual — segundo afirmaram os diretores da UAC — foi integrada a pedido dos pilotos russos que participaram do combate na Ucrânia. Ela substitui as antigas duas telas de menor tamanho, com o objetivo de proporcionar maior comodidade ao piloto e aumentar a capacidade de processamento do computador de bordo.
Outra melhoria observável, neste caso como parte de uma maquete exibida durante o evento, é a integração de novos bocais de empuxo vetorial bidimensionais no design do Su-57, destinados a aumentar sua manobrabilidade sacrificando parte de sua velocidade; os mesmos também puderam ser vistos em testes realizados durante dezembro do ano passado. Como também relatamos nos últimos dias, trata-se de um importante desenvolvimento que pode estar relacionado aos avanços do novo motor AL-51F Izdeliye 30, com o qual o fabricante dos caças furtivos em questão pretende substituir os motores NPO Lyulka-Saturn AL-41F1 que equipam os modelos pré-série.
Graças a essas novas tecnologias, o diretor-geral da Rostec, Sergey Chemezov, afirmou ao meio especializado The Warzone: “Posso destacar que temos uma enorme demanda por este avião em particular por parte de muitos países, e esperamos que essa demanda aumente ainda mais. A modernização do avião de combate é um processo contínuo que se mantém à medida que avançamos em nossas operações militares especiais. Recebemos o feedback de nossos pilotos na zona de guerra e ajustamos nosso equipamento conforme necessário.”

É importante destacar, no entanto, que a participação do Su-57 na frente ucraniana tem sido intermitente desde o início do conflito, com pouca informação precisa e verificável sobre suas operações de combate. Nos primeiros estágios da invasão, sabe-se que participaram de missões de apoio às tropas terrestres, enquanto também foram relatadas participações esporádicas em missões de combate aéreo contra drones e aeronaves de Kiev. O caça também foi notícia no ano passado, desta vez como vítima de ataques ucranianos ao aeródromo de Akhtubinsk, onde pelo menos um dos exemplares que compõem a frota russa acabou danificado.
Imagens utilizadas apenas para fins ilustrativos
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