Por meio de uma breve comunicação publicada nas redes sociais, a Marinha da China anunciou que os navios que compõem o Grupo de Tarefas 83 retornaram ao seu porto-base, após completarem um desdobramento de 45 dias que serviu como oportunidade para treinar cadetes e tripulações, bem como para demonstrar a capacidade de operar como uma força integrada. Segundo foi informado, a operação destacou-se por permitir que os novos marinheiros da instituição rotacionassem por até 15 funções a bordo, a fim de aumentar seu nível de preparo, ao mesmo tempo em que possibilitou aos navios chineses visitar um número significativo de localidades.
Aprofundando alguns detalhes, a instituição indicou que o desdobramento começou em 26 de setembro, registrando desde então uma travessia de mais de 8.000 milhas náuticas. Entre os locais por onde passou o referido Grupo de Tarefas 83, incluem-se o Mar Amarelo, o Mar da China Oriental, o Mar da China Meridional e o Golfo da Tailândia, entre outros. Além disso, foi destacado que, enquanto estavam em operação, as embarcações participaram de jornadas de portas abertas em Hong Kong, às quais se somaram uma ampla variedade de visitas a portos no Camboja, na Tailândia e em Cingapura.
Em suma, foi comunicado que, durante seus dias em alto-mar, os novos cadetes da Marinha da China puderam completar pela primeira vez uma manobra de reabastecimento. Em detalhe, o feito envolveu o navio-escola Qi Jiguang (número de casco 83) e o navio de desembarque anfíbio Yimengshan (número de casco 988), a partir dos quais se buscou instruir os cadetes sobre as distâncias em que cada embarcação deve posicionar-se, sua orientação e outros detalhes técnicos próprios da manobra. Sua formação também foi complementada com instruções em navegação em mares agitados, comunicações, cartografia e estudos hidrogeológicos.
Por outro lado, é relevante mencionar que a viagem de retorno desses navios foi concluída com sua chegada a Dalian, cidade localizada no nordeste do país e cujos estaleiros estariam construindo o quarto porta-aviões que equipará a Marinha da China no futuro. Conforme relatado em 10 de novembro, diversas imagens foram divulgadas por fontes de inteligência aberta (OSINT) que parecem confirmar essa informação, especialmente levando em conta o ritmo crescente das atividades de construção já observadas no estaleiro.
Créditos das imagens: Marinha da China
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