Após completar o primeiro disparo a partir de uma fragata britânica Tipo 23, o Reino Unido, a Noruega e a Polônia validaram a capacidade operacional do novo míssil antinavio NSM para seu emprego em operações no Ártico. O marco foi alcançado durante o exercício combinado Ægir 25, realizado nas águas que circundam as regiões do norte da Noruega, onde o referido míssil foi um dos principais protagonistas, sendo empregado em lançamentos reais por diversas plataformas aliadas.

Em maiores detalhes, o comunicado oficial da Kongsberg (fabricante do míssil) destacou que as atividades foram coordenadas pela Marinha Real da Noruega em conjunto com o Comando de Guarda Costeira, reunindo fragatas, corvetas e baterias de defesa costeira. Além dos testes realizados com o míssil NSM — que também incluíram seu lançamento a partir de uma fragata da classe Nansen — o exercício buscou servir como uma oportunidade para que as três marinhas envolvidas demonstrassem sua capacidade de operar em conjunto em operações marítimas complexas e ampliem o intercâmbio de procedimentos com seus aliados.
Além disso, foi detalhado que o míssil NSM também foi empregado por uma corveta da classe Skjold e pela Unidade de Mísseis Navais da Polônia, que realizaram ataques contra a antiga fragata HNoMS Trondheim, anteriormente pertencente à marinha anfitriã. Com todos esses antecedentes, as três forças consideraram que o míssil da Kongsberg demonstrou plenamente suas capacidades em termos de desempenho, tratando-se de um armamento capaz de atingir alvos navais e terrestres situados a até 100 milhas de distância, caracterizado por um design furtivo e peso aproximado de 400 quilos.

No caso particular da Royal Navy, tratou-se de um evento-chave para verificar e validar o míssil que está substituindo os antigos modelos Harpoon Block IC, utilizados por suas frotas durante décadas — especialmente nas fragatas Tipo 23 e nos mais modernos destróieres Tipo 45. Sua incorporação faz parte do programa conhecido como Future Cruise/Anti-Ship Weapon (FCASW), desenvolvido por Londres, cujos documentos estipulam que até o final da década o NSM já deverá estar em serviço, coincidindo com a chegada da nova geração de fragatas britânicas.
A instituição já avançou na integração dos novos NSM em três de suas fragatas Tipo 23: HMS Somerset, HMS Portland (F-79) e HMS Richmond (F-239). Esses trabalhos foram realizados pela Babcock e pela BAE Systems, com assistência do fabricante. A primeira delas foi a envolvida no lançamento realizado em águas norueguesas, enquanto a terceira integrou o Grupo de Ataque liderado pelo porta-aviões HMS Prince of Wales durante sua implantação para o Indo-Pacífico.
Créditos das imagens: Royal Navy
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