Embora o foco da comunidade especializada tenha se concentrado no desempenho de novas plataformas de fabricação chinesa, como o JF-17 Thunder e o J-10CE, os caças F-16 continuam sendo um dos principais pilares da aviação de combate da Força Aérea do Paquistão. Tanto que, diante dessa importância, o governo dos EUA pôde avançar, a pedido de Islamabad, no fornecimento de novos mísseis ar-ar AMRAAM, de acordo com um contrato recente datado de 30 de setembro publicado pelo Departamento de Guerra.
A história dos caças F-16 da Força Aérea do Paquistão é um testemunho dos altos e baixos nas relações diplomáticas entre Islamabad e Washington nos últimos cinquenta anos. Incluído nos programas Peace Gate I, II, III e IV, o país foi um dos primeiros operadores internacionais do então novo caça a jato que saiu das linhas de produção da General Dynamics. No entanto, os Programas III e IV enfrentaram embargos causados pelo programa nuclear do Paquistão, em uma saga que se estendeu do final da década de 1980 até a década de 2000, quando a Guerra ao Terror, após os ataques de 11 de setembro e o apoio do Paquistão, mudaram essa situação.

Até o momento, a frota paquistanesa consiste em um lote original de caças F-16A/B Bloco 15, que deveriam passar por um programa de modernização e extensão de vida útil (MLU), complementado pelos caças F-16C/D Bloco 52, adquiridos em meados da década de 2000 com a retomada das relações diplomáticas entre os dois países, como parte do programa Peace Drive. Destaca-se também a compra de aeronaves ADF Bloco 15 usadas durante a década de 2010.
Com este breve histórico, o desenvolvimento mais recente em relação aos caças F-16 da Força Aérea do Paquistão veio dos contratos firmados pelo Departamento de Guerra dos Estados Unidos, que concedeu uma nova extensão de contrato à Raytheon para a produção de mísseis ar-ar AMRAAM para países aliados por meio do Programa de Vendas Militares Estrangeiras, que inclui o Paquistão.

Especificamente, a empresa norte-americana recebeu “…uma modificação contratual de preço fixo firme de US$ 41.681.329 (P00026) ao contrato anteriormente concedido (FA8675-23-C-0037) para a produção, manutenção e diversas variantes do Míssil Ar-Ar Avançado de Médio Alcance (AMRAAM). Com essa modificação, o valor total acumulado do contrato chega a US$ 2.512.389.558, acima dos US$ 2.470.708.229 originais.”
Deve-se acrescentar que este contrato inclui “…vendas militares estrangeiras (FMS) para os seguintes países: Reino Unido, Polônia, Paquistão, Alemanha, Finlândia, Austrália, Romênia, Catar, Omã, Coreia, Grécia, Suíça, Portugal, Cingapura, Holanda, República Tcheca, Japão, Eslováquia, Dinamarca, Canadá, Bélgica, Bahrein, Arábia Saudita, Itália, Noruega, Espanha, Kuwait, Suécia, Taiwan, Lituânia, Israel, Bulgária, Hungria e Turquia.”

No entanto, a atualização não fornece detalhes sobre qual versão do míssil da família AMRAAM seria, embora se presuma que seja o AIM-120C8, o mais avançado disponível para exportação, já que a variante “D3”, ainda mais avançada, está disponível apenas para as Forças Armadas dos EUA e aliados selecionados.
*Fotografias ilustrativas.
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