Por meio da publicação de um breve vídeo em seu canal no YouTube, a empresa norte-americana Huntington Ingalls (HII) revelou que o futuro porta-aviões nuclear USS John F. Kennedy (CVN-79), que integrará a Marinha dos Estados Unidos, está finalizando os preparativos para o início de suas provas de mar, o que marca avanços na construção do segundo exemplar da classe Gerald R. Ford. As imagens mostram a imponente embarcação sendo deslocada de um cais do estaleiro Newport News para o rio James por rebocadores, que se encarregaram de girá-la em 180 graus e, em seguida, retorná-la ao cais original.

Relembrando algumas das declarações de Paul Andrew, que atuou como um dos principais responsáveis pela manobra realizada: “A manobra de giro do navio (‘turn around’) é uma parte vital do processo de construção, já que só é possível trabalhar em determinados sistemas quando o navio está orientado em uma direção específica. Não é uma tarefa simples, pois o rio não é profundo em todas as suas seções, sendo necessário prestar muita atenção a cada etapa do que está sendo feito.”

Posteriormente, o superintendente de construção Shayne Laws indicou que um total de seis rebocadores foi envolvido na operação, a fim de garantir que a manobra fosse realizada corretamente. Acrescentou ainda que o processo de fabricação do futuro porta-aviões tem sido árduo, mas que atualmente a empresa está trabalhando na instalação e nos testes dos últimos equipamentos antes do início das provas de mar.

Vale lembrar que o processo de construção do futuro USS John F. Kennedy foi alvo de críticas por parte da Marinha norte-americana devido aos significativos atrasos enfrentados, o que implica uma entrega até dois anos depois do previsto originalmente nos planos da instituição — o que agora ocorreria na primeira metade de 2027. Diante desse cenário, a US Navy deverá lidar com uma redução temporária em sua frota de porta-aviões operacionais, tendo em vista que o USS Nimitz (CVN-68) será desativado no próximo ano após mais de 50 anos de serviço ativo.

De acordo com relatos de meios locais, seriam dois os principais problemas técnicos que afetam o porta-aviões em questão: o sistema de elevadores de armas avançados (AWE) e o equipamento de detenção avançado (AAG). No caso deste último, trata-se de um componente essencial para a recuperação das aeronaves, projetado como sucessor dos antigos sistemas hidráulicos de detenção presentes nos porta-aviões anteriores à classe Ford. Sua principal vantagem é a incorporação de um motor turboelétrico eletromagnético, que permitirá operar com aeronaves de uma faixa de pesos mais ampla, além de reduzir o esforço suportado pelas aeronaves no momento do pouso.

Por sua vez, os AWE também incorporam novos motores lineares eletromagnéticos, que deveriam facilitar o transporte de armamentos do paiol do porta-aviões até o convés de voo para equipar as aeronaves. Após a instalação, o estaleiro enfrentou dificuldades para realizar os ajustes necessários para seu funcionamento — um problema que ainda persiste e que também afetou o primeiro porta-aviões da classe. Além disso, os relatórios que apontam as causas dos atrasos destacam a falta de mão de obra especializada nos estaleiros, bem como problemas na cadeia de suprimentos.

Por fim, é importante ressaltar que a Marinha dos EUA não enfrenta apenas esses problemas e atrasos, mas também aqueles relacionados ao que será o futuro porto-base do USS John F. Kennedy — a Base Naval Kitsap-Bremerton, localizada em Washington. Conforme indicado por analistas norte-americanos, a base está em processo de substituição e modernização de sua rede elétrica para ser capaz de alimentar os sistemas automatizados dos novos porta-aviões da classe Ford, trabalhos que devem ser concluídos no ano fiscal de 2029.

Créditos das imagens: HII

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