Como parte do principal exercício militar conjunto de 2025, as Forças Armadas Brasileiras lançaram a fase final da Operação Atlas, uma manobra de grande porte coordenada pelo Ministério da Defesa que mobiliza mais de 10.000 militares da Marinha do Brasil (MB), do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira (FAB). As operações estão ocorrendo no extremo norte do país, principalmente nos estados de Roraima e Pará, com o objetivo de aprimorar a interoperabilidade entre as três forças e reforçar a presença militar na Amazônia, região considerada estratégica para a defesa e a soberania nacional.

No dia do lançamento desta fase final, realizado na Base Aérea de Boa Vista (BABV), o Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho, acompanhado pelos comandantes das três Forças e diversas autoridades civis, acompanhou as atividades que marcaram o ápice deste ciclo operacional. Na ocasião, o Ministro da Defesa enfatizou que a Operação Atlas constitui “um dos marcos mais significativos na busca contínua pelo aperfeiçoamento e pela interoperabilidade das Forças Armadas”, ressaltando a magnitude de uma operação que exigiu percorrer mais de 92 mil quilômetros para concentrar recursos humanos e materiais em um único teatro de operações.

Na Frente Leste, com base em Belém, a Marinha do Brasil empregou o Navio Polivalente Atlântico (NAM), considerado o maior navio militar da América Latina, juntamente com o Navio de Desembarque Almirante Saboia (G-25). Ambas as unidades participam de manobras de transporte de tropas, viaturas e helicópteros, além de realizar operações de patrulha na Amazônia, com o apoio da aeronave de patrulha marítima Embraer P-95 Bandeirulha da FAB. No total, a MB mobilizou 2.000 militares, 100 viaturas e oito helicópteros, integrando sua participação na Operação Atlas com exercícios complementares do Programa de Treinamento Formosa, realizados no centro-oeste do país.

Na região de Roraima, no norte do Brasil, o Exército e a Força Aérea Brasileira realizaram exercícios conjuntos em ambientes de selva, simulando operações de combate, mobilidade e apoio logístico em condições extremas. O componente terrestre incluiu aproximadamente 500 veículos blindados e táticos, incluindo veículos blindados Iveco Guarani 6×6, carros de combate Leopard, veículos Cascavel 6×6, veículos Guaicurus 4×4 e sistemas de artilharia como os obuses autopropulsados ​​ASTROS II e M109. O componente aéreo opera aeronaves de transporte C-105 Amazonas, caças A-1M e A-29 Super Tucano, helicópteros H-60L BlackHawk e veículos aéreos não tripulados Hermes 900, projetados para missões de reconhecimento, vigilância e apoio aéreo aproximado.

A demonstração, realizada na Base Aérea de Boa Vista, apresentou as principais capacidades tecnológicas e operacionais das unidades participantes. Em sua fase dinâmica, foi apresentado um cenário operacional altamente complexo, incluindo infiltração de forças especiais, assaltos aeromóveis, orientação aérea avançada e apoio de fogo com mísseis e artilharia pesada. A execução sincronizada da operação por forças terrestres, aéreas e navais demonstrou alto grau de coordenação, resposta rápida e eficácia operacional em um ambiente tão exigente como a Amazônia.

Com a participação de mais de cem unidades militares de todo o país, a Operação Atlas 2025 se consolidou como um marco fundamental no treinamento, integração e desdobramento estratégico das Forças Armadas Brasileiras. Nas palavras do General de Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, Comandante do Exército, o exercício “fortalece a presença militar na região amazônica e contribui diretamente para a defesa da soberania nacional”.

*Créditos das imagens: Ministério da Defesa, Força Aérea Brasileira e Marinha.

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