O governo dos Estados Unidos autorizou a possível venda de novos mísseis táticos AGM-65 Maverick para equipar os caças da Força Aérea da Coreia do Sul. Isso foi revelado em uma das notificações mais recentes do Departamento de Estado ao Congresso norte-americano para a aprovação da operação, incluída no Programa de Vendas Militares ao Estrangeiro (Foreign Military Sales – FMS) e avaliada em US$ 34 milhões. A decisão também se enquadra em aprovações semelhantes concedidas aos governos da Austrália e do Canadá para a possível venda do sistema de artilharia de alta mobilidade HIMARS.

Embora a publicação de 1º de outubro da Agência de Cooperação em Defesa e Segurança (DSCA) não mencionasse uma aeronave específica, atualmente a Força Aérea da República da Coreia opera várias plataformas capazes de atacar alvos terrestres com o uso dos mísseis antissuperfície Maverick. Entre elas destacam-se os caças leves KAI FA-50, os aviões de combate de primeira linha KF-16 e os F-15K Slam Eagle, de superioridade aérea e otimizados para ataques ao solo; estes últimos baseiam-se no design dos F-15E Strike Eagle da Força Aérea dos EUA.
De acordo com as informações divulgadas pela DSCA, o governo sul-coreano solicitou aos Estados Unidos a compra de um pequeno lote de mísseis táticos AGM-65G2, composto por quarenta e quatro (44) unidades. A operação tem como fornecedora a RTX Corporation e está avaliada em US$ 34 milhões.

O Departamento de Estado indicou que esta venda “…melhorará a capacidade da República da Coreia de enfrentar ameaças atuais e futuras, ao aumentar sua capacidade crítica de defesa aérea para dissuadir agressões na região e garantir a interoperabilidade com as forças dos Estados Unidos. A República da Coreia já possui mísseis Maverick em seu inventário e não terá dificuldade em incorporar esses artigos às suas forças armadas.”
Por fim, em referência aos Maverick, trata-se de um dos principais mísseis táticos antissuperfície em serviço na Força Aérea dos Estados Unidos e em diversos operadores ao redor do mundo, sendo compatível com um amplo número de plataformas que vão desde os aviões de ataque A-10 até os F-15E.

Desde sua incorporação oficial, em agosto de 1972, seu design e capacidades foram aprimorados com a introdução de novas variantes e subvariantes, que vão desde as originais “A” até a “K”.
Quanto à versão solicitada pela Força Aérea da Coreia do Sul, AGM-65G2, a Força Aérea dos EUA detalha oficialmente que “…possui essencialmente o mesmo sistema de guiagem do modelo D, com algumas modificações de software que permitem rastrear alvos de maior tamanho. A principal diferença do modelo G é sua ogiva penetrante de maior peso, enquanto os modelos Maverick B e D utilizam uma ogiva de carga oca”, o que é um dado relevante diante da necessidade de enfrentar alvos fortificados.
Imagens utilizadas apenas para fins ilustrativos.




