Por meio de um novo acordo firmado entre o Escritório do Programa Conjunto F-35 e a Lockheed Martin, foi definida a compra de até um total de 296 novos caças furtivos, englobados nos Lotes de Produção 18 e 19, destinados a equipar as Forças Armadas dos Estados Unidos, bem como aliados através do Programa de Vendas Militares Estrangeiras (FMS). Com um investimento que supera os US$ 24 bilhões, o acordo representa um novo e importante impulso ao programa de aeronaves de quinta geração para os próximos anos, o qual enfrentou nos últimos meses desafios e vicissitudes.

Em dezembro de 2024, a Lockheed Martin havia recebido um primeiro contrato indefinido para o Lote 18, avaliado em US$ 11,8 bilhões, com o objetivo de produzir um total de 145 F-35 até junho de 2027. Posteriormente, em agosto de 2025, foi adjudicado um contrato de US$ 2,9 bilhões à Pratt & Whitney para o fornecimento de 141 motores F135 destinados a essas aeronaves.

Segundo o estipulado na notificação do contrato, o Lote 18 compreendia 48 F-35A para a Força Aérea; 16 F-35B e 5 F-35C para o Corpo de Fuzileiros Navais; 14 F-35C para a Marinha; 15 F-35A e 1 F-35B para os parceiros internacionais do programa; e 39 F-35A junto com 7 F-35B para clientes no âmbito do esquema de Vendas Militares Estrangeiras (FMS).

Agora, o novo contrato modificado, adjudicado ontem, ampliou a produção do Lote 18 para 148 aeronaves e adicionou outras 148 correspondentes ao Lote 19. Nesse sentido, o novo acordo entre o governo dos Estados Unidos, por meio do Escritório do Programa Conjunto (JPO), e a Lockheed Martin prevê a entrega de 296 aeronaves a um custo médio de US$ 82,4 milhões por unidade, com previsão de que os primeiros exemplares sejam entregues entre 2026 e 2028. Detalhadamente, o contrato contempla aeronaves destinadas à Força Aérea, Corpo de Fuzileiros, Marinha dos EUA, bem como a países aliados dentro do Programa de Vendas Militares Estrangeiras (FMS) e parceiros do Programa.

No que diz respeito ao Lote 19, este engloba 40 F-35A para a Força Aérea; 12 F-35B e 8 F-35C para o Corpo de Fuzileiros; 9 F-35C para a Marinha; 13 F-35A e 2 F-35B para os países parceiros do programa; e, finalmente, 52 F-35A junto com 12 F-35B destinados a clientes FMS. Por outro lado, visando dar continuidade ao Programa de caças F-35, fontes indicam que o Lote 20 ainda se encontra em fase prévia de negociação para um contrato de produção plurianual.

A notícia chega após vários meses de atrasos nas entregas devido à problemática atualização Technology Refresh 3 (TR-3), um pacote que introduz melhorias fundamentais no hardware e software do F-35, tais como maior capacidade de processamento, sensores otimizados e uma arquitetura aberta que permite incorporar novas capacidades no futuro.

O ponto crítico dessa situação ocorreu entre 2023 e 2024, quando o Escritório do Programa Conjunto (JPO) foi obrigado a suspender formalmente a aceitação de novas aeronaves até que fosse alcançada uma configuração de software estável, funcional e segura para operações. Como essa atualização é necessária para a plena certificação das novas aeronaves para emprego em operações de combate de alta intensidade, sua implementação efetiva tornou-se uma condição crítica para o Pentágono.

Finalmente, a solução chegou em julho de 2024, quando o JPO decidiu levantar parcialmente a suspensão das entregas de novos F-35 e aprovou uma versão reduzida do software TR-3. Essa variante — embora ainda limitada — foi considerada apta para tarefas de treinamento inicial e permitiu iniciar uma fase de introdução gradual dos caças com tal configuração. A partir de então, a Lockheed Martin conseguiu entregar 110 unidades em 2024, destinadas em sua maioria a treinamento e validação técnica.

Por fim, durante o corrente ano de 2025, a Lockheed Martin conseguiu entregar um total de 72 novos caças furtivos F-35 às Forças Armadas dos Estados Unidos, aeronaves equipadas com a atualização Technology Refresh 3 (TR-3). Dessa forma, e apesar dos atrasos ocasionados pela implementação do TR-3, o programa conseguiu retomar seu ritmo de entregas e já supera as 1.230 unidades em serviço em 12 nações, acumulando mais de um milhão de horas de voo.

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