Como parte da Operação Atlas, o Navio Polivalente NAM Atlântico (A-140) da Marinha do Brasil zarpou no último sábado, dia 13, da Base Naval da Ilha das Cobras com destino a Belém, transportando 1.100 militares e mais de 435 toneladas de equipamentos pertencentes às três Forças Armadas. O deslocamento incluiu armas, munições, mísseis, veículos blindados e viaturas leves, consolidando seu papel central na condução de exercícios conjuntos.

O movimento Atlântico representou um novo marco no desenvolvimento da Operação Atlas, concebida não apenas como um exercício de treinamento militar, mas também como preparação para as ações a serem implementadas no âmbito da COP30, a ser realizada em Belém em novembro de 2025. Com este deslocamento, o Comando Conjunto Marajoara, criado pelo Ministério da Defesa, iniciou a ativação das medidas destinadas a garantir a segurança de um evento de relevância internacional que ocorrerá pela primeira vez no Brasil.

A Operação Atlas é resultado de mais de dois anos de planejamento e constitui uma das maiores atividades realizadas pelas Forças Armadas Brasileiras nos últimos tempos. Seu objetivo é aperfeiçoar táticas, integrar procedimentos conjuntos e treinar unidades em cenários que simulem condições realistas de defesa, particularmente na região amazônica. Nesse sentido, a fase a ser realizada em Belém dará ênfase especial às operações fluviais, com a participação de meios navais, aeronaves e efetivos do Corpo de Fuzileiros Navais.

Vale destacar que, em etapas anteriores, a Marinha do Brasil já havia mobilizado mais de 2.500 efetivos e aproximadamente 180 viaturas e aeronaves no Campo de Instrução de Formosa, onde foram realizadas manobras anfíbias, lançamentos de mísseis anticarro, operações com veículos blindados e exercícios de defesa cibernética. Essas atividades permitiram às tropas fortalecer a interoperabilidade entre as três forças e empregar uma gama de capacidades, desde a defesa aérea até a neutralização de alvos com munição de escolta.

A natureza polivalente do NAM Atlântico fica mais uma vez evidente nesta operação, combinando funções estratégicas de transporte de tropas e equipamentos com a flexibilidade para se adaptar a diversas demandas, sejam elas militares, humanitárias ou logísticas. Como enfatizaram seus comandantes, o navio se torna a “imagem operacional” da Marinha, projetando a capacidade do Brasil de mobilizar forças conjuntas de forma rápida e eficaz, nacional e internacionalmente.

Paralelamente a esses desdobramentos, a Marinha do Brasil fortaleceu suas capacidades com a recente aquisição do antigo navio anfíbio HMS Bulwark, que será renomeado Navio-Doca Multipropósito (NDM) Oiapoque. Com um deslocamento de mais de 18.500 toneladas e capacidade para 710 militares, helicópteros pesados ​​e embarcações de desembarque, esta nova adição expandirá o alcance estratégico do país. Além de suas capacidades estritamente militares, o navio representa uma ferramenta valiosa para operações de ajuda humanitária, evacuações médicas e resposta a desastres, reforçando o leque de capacidades atualmente oferecido pelo Atlântico.

*Créditos da imagem: Marina do Brasil.

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