No âmbito do Salão Aeronáutico de Changchun 2025, foram publicadas novas imagens que indicariam que a Força Aérea do Exército Popular de Libertação (PLAAF) já disporia de uma frota estimada de 300 caças de quinta geração J-20 Mighty Dragon, o que evidencia o rápido crescimento das capacidades da China para produzir aeronaves furtivas. Em particular, o fato foi notado por fontes de inteligência aberta (OSINT) nas redes sociais, destacando que um dos caças presentes no evento ostentava o número de fabricação CB10300, pertencente ao Lote 10 da produção.

Detalhando mais, a aeronave em questão carrega o número de série 63106, além de símbolos que permitem concluir que pertence à 19ª Brigada da Força Aérea da China. Também foi possível observar a presença de outros três caças J-20 no evento, identificados como 63005, 63101 e 63201, indicando sua pertença à mesma unidade do exemplar já citado, sediada na província de Zhangjiakou/Ningyuan.

Vale lembrar que a China não costuma exibir frequentemente seus caças J-20, muito menos revelar oficialmente dados sobre a quantidade de aeronaves de quinta geração atualmente em serviço. Assim, as estimativas vigentes baseiam-se em dados como os mencionados e em relatórios anteriores, sendo um exemplo ilustrativo um artigo do meio The Diplomat que, em 2024, afirmava que o Gigante Asiático já havia conformado uma frota de 250 aviões furtivos. No final de 2022, houve um precedente semelhante, com relatórios que apontavam para uma frota de pelo menos 200 caças já fabricados, tomando como referência as imagens publicadas no Airshow China 2022.

Diante desse notável aumento na quantidade de caças J-20, autoridades das Forças Armadas dos Estados Unidos já expressaram suas preocupações, sobretudo com projeções que colocam Washington em desvantagem frente a Pequim em termos quantitativos até 2027. Foi o caso do general de brigada Doug Wickert, que em janeiro passado compartilhou números contundentes que confirmam essa tendência: em aviões de combate modernos, a China superará os EUA em uma proporção de 12 para 1, com uma vantagem também significativa de 5 para 3 em aeronaves de quinta geração e de 3 para 1 em aviões de patrulha marítima.

Para traduzir em números concretos, meios especializados indicaram que a Força Aérea dos EUA conta com uma frota de cerca de 180 caças F-22, dos quais três dezenas estariam configurados em sua versão mais antiga, limitando-os a missões de treinamento e testes de voo. Somando-se a essa frota, a instituição recebeu seu F-35A de número 500 em agosto passado, após a chegada de três aeronaves adicionais à 125ª Ala de Caças (FW) da Guarda Nacional Aérea da Flórida.

Independentemente disso, é importante destacar que a China não só avança na produção em maior escala de caças J-20, como também no desenvolvimento de uma variante biplace da aeronave, conhecida como J-20S, que se especula já ter entrado em serviço na instituição. Conforme relatamos em julho deste ano, foram observados pelo menos dois aviões nessa configuração, equipados com um novo esquema de pintura mais escuro, novos sensores eletro-ópticos com uma disposição semelhante à dos F-35 norte-americanos e um radar AESA, próprio dos modelos monoplace mais recentes.

Créditos das imagens aos respectivos autores

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