A empresa italiana Leonardo apresentou formalmente sua proposta para fornecer 32 caças Eurofighter Typhoon Tranche 5 à Força Aérea das Filipinas (PAF, na sigla em inglês). A oferta busca atender ao requisito do programa de aeronaves de combate multifunção (MRCA, na sigla em inglês), no qual o Typhoon se posiciona como o primeiro caça bimotor operacional dentro da concorrência.

O processo de seleção faz parte do plano de modernização da PAF, que prevê a aquisição de até 40 caças em uma primeira etapa, com um investimento estimado em 1 bilhão de dólares. O objetivo é fortalecer as capacidades de combate do país, no marco de sua estratégia de defesa diante de disputas territoriais na região.
Além da proposta da Leonardo, a concorrência inclui outros participantes. A Korea Aerospace Industries (KAI) já apresentou uma alternativa baseada no KF-21 Block I, com a possibilidade de entregar um primeiro lote de 10 aeronaves, embora a configuração inicial tenha gerado dúvidas sobre suas capacidades ar-terra. A empresa sul-coreana sustenta que essas limitações seriam superadas com a chegada do Bloco II por volta de 2028.

Por sua vez, a Força Aérea das Filipinas avalia também a incorporação de caças Mitsubishi F-2, atualmente em serviço na Força Aérea de Autodefesa do Japão. O comandante da PAF, tenente-general Arthur Cordura, declarou durante uma conferência na Base Aérea Villamor, em Pasay: “Os caças Mitsubishi e os caças multifunção de fabricação japonesa também são plataformas com grande potencial (…) Estamos analisando todas as opções que se ajustem à nossa doutrina operacional, e o avião F-2 de fabricação japonesa está sendo considerado seriamente nesse processo”.
Outras alternativas em estudo incluem o JAS-39 Gripen da Saab, apresentado como uma opção de menor custo, com capacidade de lançar mísseis Meteor de longo alcance e com alto grau de interoperabilidade com sistemas de alerta antecipado Erieye e Global Eye já em uso. Dos Estados Unidos, promove-se o F-16 Block 70, com vantagens logísticas derivadas do Tratado de Defesa Mútua e do Acordo de Forças Visitantes, além da possibilidade de financiamento de até 2,5 bilhões de dólares por meio do programa de Financiamento Militar Estrangeiro (FMF).

A decisão final sobre o futuro caça da Força Aérea das Filipinas dependerá do Ministério da Defesa, que deverá avaliar as capacidades técnicas, o financiamento disponível e o alinhamento estratégico com seus parceiros internacionais.
Imagens meramente ilustrativas.
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