Por meio de um breve comunicado publicado nas redes sociais durante o dia de ontem, a Força Aérea de Autodefesa do Japão informou que seus caças F-15J concluíram uma histórica visita aos EUA e ao Canadá, a primeira em 71 anos desde a fundação da instituição e que teve como objetivo ampliar os laços de cooperação com seus pares da região. Trata-se de uma escala prévia na longa travessia que levará as aeronaves japonesas até a base RAF Coningsby, situada no Reino Unido, após a qual realizarão outro voo com destino à base aérea de Laage, em território alemão.

Ampliando os detalhes, o desdobramento conhecido como Águias Atlânticas conta com um total de quatro caças F-15J que partiram da base aérea de Chitose, na ilha de Hokkaido, acompanhados por outros três exemplares que decolaram paralelamente caso uma das aeronaves do grupo principal apresentasse problemas técnicos e fosse forçada a regressar à base na primeira fase da operação. Além disso, observadores locais registraram a decolagem de aviões de transporte Kawasaki C-2, bem como de aeronaves de reabastecimento KC-46 Pegasus e KC-767 que darão apoio à missão.

Cabe recordar, neste ponto, que o envio dos caças japoneses ao Reino Unido foi definido recentemente durante uma reunião de alto nível entre o secretário de Defesa britânico, John Healey, e seu homólogo nipônico, Nakatani Gen, realizada a bordo do porta-aviões HMS Prince of Wales. O navio-capitânia da Royal Navy encontrava-se em visita à cidade de Tóquio, como parte de um desdobramento mais amplo de seu Grupo de Porta-Aviões denominado Operação Highmast, no qual teve a oportunidade de realizar exercícios com diferentes forças aliadas na região do Indo-Pacífico.

Particularmente, os F-15J chegaram a participar de exercícios que foram coordenados a partir do porta-aviões britânico, enquanto o navio navegava em águas do Mar do Japão. A ocasião destacou-se como mais uma demonstração do crescente vínculo entre ambos os países em matéria de defesa, bem como pela oportunidade de os caças japoneses operarem em conjunto com os mais modernos F-35A adquiridos pelo Japão e os F-35B que fazem parte da ala embarcada do HMS Prince of Wales.

Por fim, é importante destacar que, embora se trate de um importante desdobramento para a Força Aérea de Autodefesa japonesa, este não está pensado como um grande exercício para treinar efetivos em missões de combate a longas distâncias, mas sim como uma viagem de cooperação destinada a fomentar os laços entre Tóquio e os diversos aliados envolvidos. Nesse sentido, os relatórios locais indicam que se espera um cronograma de voos reduzido, limitado ao trânsito e a breves escalas.

Créditos das imagens: @JASDF_PAO_ENG no X

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