O governo dos Estados Unidos autorizou a venda de 3.350 novos mísseis ERAM para equipar a frota de caças F-16 da Força Aérea da Ucrânia, buscando com isso ampliar consideravelmente seu arsenal para missões de ataque de longo alcance, fornecendo um armamento de baixo custo em relação às suas alternativas atuais. Dessa forma, o Departamento de Estado dos EUA confirma oficialmente o que havia sido reportado no último 27 de agosto, quando foi anunciado o pacote de 825 milhões de dólares que chegará às mãos de Kiev com apoio financeiro de seus aliados europeus.

Ampliando os detalhes sobre o pacote em questão, pode-se afirmar que, além dos 3.350 mísseis ERAM mencionados, também será incluído um número idêntico de sistemas GPS e INS, bem como módulos de Anti-Suplantações de Disponibilidade Seletiva (SAASM). Em suma, o comunicado oficial publicado pela Agência de Cooperação em Defesa e Segurança (DSCA) detalha que serão enviados diversos contêineres para armazenar esse novo armamento, pilones de combustível, peças de reposição, software relacionado e treinamento para o pessoal que os operará.

Por outro lado, detalhando quais serão os aliados europeus que contribuirão com recursos próprios para a operação descrita, a DSCA lista Dinamarca, Países Baixos e Noruega; Washington utilizará parte do que está previsto dentro do programa de Financiamento Militar Estrangeiro dos Estados Unidos. Em conjunto, a aquisição representa, no entendimento da DSCA, “um exemplo de colaboração com nossos aliados da OTAN para desenvolver um sistema eficaz e escalável, com uma entrega rápida.”

Quanto aos principais contratados envolvidos, afirma-se que estes serão as empresas Zone 5 Technologies e CoAspire. Até o momento, não está previsto que nenhuma delas, nem o governo dos EUA, precise negociar qualquer tipo de acordo de compensação para que a operação seja realizada. Também não está previsto o envio de representantes adicionais para o território ucraniano com esse fim.

Cabe lembrar ainda que as Forças Armadas da Ucrânia não apenas veriam reforçadas suas capacidades de ataque com mísseis por meio deste novo pacote, mas também recentemente foi divulgado o desenvolvimento local dos novos sistemas Flamingo. Tal como reportamos em 20 de agosto, autoridades locais como o primeiro-ministro Denys Shmyhal indicaram que se trataria de um armamento capaz de alcançar alvos situados a até 3.000 quilômetros de distância e que sua produção já estaria em andamento.

Esse último ponto não é um detalhe menor, considerando que facilitaria ao país realizar ataques de longo alcance sem depender de uma potencial autorização dos EUA, algo que nas últimas semanas voltou a ganhar grande relevância. Particularmente, reportes de Washington indicam que a administração do presidente Donald Trump teria impedido Kiev de utilizar armamentos como seus mísseis balísticos ATACMS para realizar missões contra alvos em território russo, buscando com isso enviar um sinal de boa-fé ao Kremlin em meio às negociações que poderiam pôr fim à guerra iniciada em 2022.

Imagens utilizadas apenas de forma ilustrativa

Você pode se interessar: França poderia transferir até um total de 20 caças Mirage 2000-5 para a Força Aérea da Ucrânia

DEJA UNA RESPUESTA

Por favor deje su comentario
Ingrese su nombre aquí

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.