Sem dúvida, uma boa notícia para os arsenais de caças F-16 da Força Aérea Ucraniana: o governo dos Estados Unidos aprovou na semana passada um novo pacote de até 3.350 novos mísseis ERAM de baixo custo, que permitirão à agência realizar ataques de longo alcance. Segundo relatos da mídia americana, essa operação vale mais de US$ 850 milhões, com contribuições provenientes principalmente de aliados europeus de Kiev.
Vale ressaltar que a Força Aérea dos Estados Unidos já havia feito encomendas desse tipo de armamento para a Ucrânia no ano passado, por meio do Centro de Gerenciamento do Ciclo de Vida da Força Aérea (AFLCMC). O fato de o número mencionado de mísseis poder ser enviado em um futuro próximo — aparentemente em cerca de seis semanas — reflete um ritmo de produção acelerado. No entanto, detalhes sobre seu projeto e os atores industriais envolvidos no processo são desconhecidos.

Nesse sentido, vale destacar que, durante o processo de RFP, a USAF recebeu mais de 16 licitantes não identificados, revelando uma série de requisitos que poderiam esclarecer parcialmente as capacidades dos novos mísseis ERAM a serem enviados à Ucrânia. Especificamente, foi especificado que o novo armamento deve ter uma ogiva explosiva pesando pelo menos 227 kg, um alcance de pelo menos 463 quilômetros e uma velocidade mínima de Mach 0,6.
Além disso, foi indicado que esses mísseis devem ter a capacidade de operar seu sistema de navegação mesmo em ambientes onde o inimigo tenha implantado elementos de guerra eletrônica que interfiram em seu sinal, mantendo um CEP inferior a 10 metros. Além disso, o objetivo era criar um armamento capaz de integrar diferentes tipos de espoletas, mantendo uma arquitetura modular que também facilite futuras mudanças.


Diante disso, a gama de armas conhecidas capazes de atender a esses requisitos se reduz a uma pequena lista de possibilidades, a saber: as munições PJDAM da Boeing, com custo entre US$ 25.000 e US$ 30.000 por unidade; as munições Gray Wolf, assinadas pelo Pentágono separadamente com a Lockheed Martin e a Northrop Grumman em 2017; e, finalmente, os mísseis MACE, desenvolvidos a pedido da Marinha dos EUA.
Independentemente dos aspectos técnicos, também é importante destacar que a novidade do envio desses novos mísseis ERAM ocorre em um momento de crescentes esforços de Washington para negociar com Moscou o fim da guerra na Ucrânia, uma das principais promessas de campanha do presidente Donald Trump. Além disso, isso ocorre em um momento em que analistas americanos indicaram que Kiev teria sido impedida de realizar novos ataques dentro do território russo com armas como os ATACMS, implantáveis a partir de lançadores M142 HIMARS.
*Imagens ilustrativas
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