A partir de imagens recentes publicadas em redes sociais, fontes de inteligência aberta (OSINT) indicaram que as Forças Aeroespaciais Russas teriam iniciado os primeiros deslocamentos dos novos caças furtivos Su-57, marcando o que seria a primeira vez em que essas aeronaves se integram a um regimento de combate já operacional. Em particular, a instituição teria enviado esses modernos aviões para regiões próximas à fronteira com a China, o que se deduz pelas marcas de identificação presentes em sua fuselagem.
Ampliando os detalhes, cabe mencionar que as imagens publicadas no Telegram mostram dois caças Su-57 voando juntos, acompanhados de uma breve descrição que afirma: “Um piloto de Su-57 olha para outro piloto de Su-57 que olha para outro piloto de Su-57 (…) Estes são os primeiros pilotos de combate e os primeiros Su-57 a entrar em serviço em um regimento de caças de combate.” Posteriormente, analistas apontaram, em relação a isso, que poderia tratar-se de exemplares operando para o 23º Regimento de Aviação de Caças da Guarda.

Esse último dado não é menor, considerando que se trata de uma unidade sediada na Base Aérea de Dzyomgi, situada ao nordeste da cidade de Komsomolsk-on-Amur. Isso implica que ambos os caças furtivos estariam a apenas cerca de 186 milhas da fronteira com a China e, ao mesmo tempo, a aproximadamente 413 milhas da ilha de Hokkaido, controlada pelo Japão. Na ausência de uma confirmação oficial do deslocamento, isso não deixa de ser uma hipótese levantada por diversos analistas a partir das fotografias disponíveis, embora não esteja claro em que região geográfica elas foram tiradas nem em que data.
Independentemente dessas particularidades, cabe destacar que fontes OSINT já haviam adiantado em abril que as Forças Aeroespaciais Russas celebraram a recepção do primeiro lote de aviões Su-57 previsto para este ano, marcando um novo e importante passo na conformação da frota de caças furtivos da força em um momento em que as principais novidades giravam em torno dos esforços para concretizar sua exportação a terceiros países. O lote em questão, por sua vez, complementaria uma série de três lotes entregues em 2024, a saber: em setembro, novembro e dezembro; cada um composto por dois ou três exemplares.

Além disso, a novidade ocorre poucas semanas depois de autoridades da instituição mencionada afirmarem que a Rússia avança na fabricação e incorporação de mísseis hipersônicos capazes de ser lançados a partir dos Su-57, o que sem dúvida representaria um importante salto de capacidades para a plataforma. Especificamente, foi o tenente-general Aleksandr Maksimtsev, atual Chefe do Estado-Maior e Primeiro Subcomandante das Forças Aeroespaciais, quem afirmou em entrevista: “De acordo com a ordem estatal de defesa, as Forças Aeroespaciais recebem anualmente sistemas de armas avançados e modernizados. O ritmo de entrega dos aviões Su-57 de quinta geração está aumentando, junto com modernos sistemas de ataque aéreo e armas hipersônicas.”
Sem fornecer detalhes sobre qual míssil seria incorporado ao arsenal dessas aeronaves, os relatórios apontavam dois principais candidatos: uma versão modificada dos mísseis de cruzeiro Zircon ou os mísseis Kh-47M2 Kinzhal (também conhecidos como AS-24 Killjoy em sua designação da OTAN). No primeiro caso, trata-se de um desenvolvimento anunciado pelas autoridades russas, mas pouco conhecido em termos de características técnicas em sua variante aérea. No segundo, estaríamos diante de um armamento mais familiar para as aeronaves russas, especialmente para os caças MiG-31K/I, e que anos atrás buscou-se integrar aos bombardeiros Tu-22.
Imagem de capa: Fighterbomber via Telegram
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