Como parte de sua última missão operacional antes da desativação, o USS Nimitz (CVN-68) realizou nos últimos dias uma escala em Manama, Bahrein, marcando a primeira visita de um porta-aviões nuclear da Marinha dos Estados Unidos (U.S. Navy) desde a última registrada em 2020. A escala, enquadrada nas operações do Carrier Strike Group 11 sob a área de responsabilidade do Comando Central dos EUA (USCENTCOM), reveste-se de importância estratégica ao estabelecer um ponto avançado de apoio logístico, comando e controle, bem como de preparação da frota, com capacidade de resposta rápida no Golfo Árabe — uma das regiões mais sensíveis para os interesses norte-americanos, devido ao seu alto valor geopolítico, às rotas marítimas comerciais e à presença permanente de conflitos.

O porta-aviões nuclear USS Nimitz, junto aos navios que compõem seu Grupo de Ataque, está desdobrado na área de operações do CENTCOM desde meados de junho passado, com o objetivo de reforçar a presença dos EUA no Oriente Médio diante da escalada de tensões que culminou na campanha aérea contra o programa nuclear iraniano. O navio-capitânia teria partido da Estação Aérea Naval de North Island (San Diego) com a missão de substituir o Grupo de Porta-Aviões liderado pelo USS Carl Vinson na área de operações da 7ª Frota do Pacífico, o qual havia se deslocado para o Oriente Médio poucas semanas antes.
O Grupo de Ataque do Nimitz é composto pelo próprio porta-aviões nuclear, acompanhado dos destróieres USS Curtis Wilbur, USS Lenah Sutcliffe Higbee (DDG-123) e USS Gridley (DDG-101), pertencentes ao Esquadrão de Destróieres 9. Cabe destacar que o porta-aviões transporta consigo os elementos que compõem a Ala Aérea Embarcada (CVW) 17.
Durante seu trânsito em direção ao Oriente Médio, o porta-aviões participou de exercícios militares no Mar das Filipinas, no mês de abril. Paralelamente, a China deslocou seu porta-aviões Shandong para as mesmas águas a fim de monitorar os exercícios Balikatan 25, realizados pelas Forças Armadas dos Estados Unidos em conjunto com suas contrapartes filipinas.

Por fim, é importante ressaltar que a presença do USS Nimitz na região marca aquela que será sua última missão operacional, considerando que sua desativação está prevista para 2026, segundo os planos da Marinha dos EUA para sua frota de porta-aviões, após mais de 50 anos de serviço. Uma vez finalizada a missão, espera-se que o navio retorne à Estação Naval de Norfolk, Virgínia, onde aguardará sua transferência para o estaleiro Newport News a fim de iniciar o processo de desmantelamento, que compreenderá três etapas principais: inativação, remoção do compartimento do reator nuclear e reciclagem. Em termos orçamentários, já foram destinados mais de 18…
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