Com o objetivo de fortalecer a capacidade operacional das Forças Armadas e garantir a projeção de poder em cenários estratégicos, um total de 2.000 militares, 100 viaturas e oito helicópteros foram mobilizados pela Marinha do Brasil para participar das Operações “Atlas” e “Formosa”. A mobilização teve início na última segunda-feira, dia 11, com uma cerimônia militar que marcou o início do deslocamento para a região Centro-Oeste do país, onde serão realizadas atividades de treinamento.
Do total de efetivos mobilizados, aproximadamente 1.600 Fuzileiros Navais (Corpo de Fuzileiros Navais) e aproximadamente 60 viaturas partiram do Rio de Janeiro com destino a Formosa, enquanto o restante de efetivo, materiais e recursos serão progressivamente agregados de outras regiões do país. A viagem, de aproximadamente 1.500 quilômetros, representa um grande desafio logístico, testando mobilidade, autonomia logística e capacidade de sustentação em ambientes complexos.

Dentre os destaques, a partir das imagens compartilhadas pela Marinha do Brasil em suas redes sociais oficiais, pode-se observar a presença de sistemas de artilharia lançadora de foguetes ASTROS II, Veículos Anfíbios de Lagartas (CLAnf), viaturas 4×4 e diversos caminhões de apoio logístico, que agregam capacidades às operações em andamento.
Durante a cerimônia de abertura, o Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, enfatizou que a operação constitui um instrumento de afirmação da presença efetiva do Estado e uma demonstração da capacidade de projeção do Poder Naval. Nesse sentido, afirmou: “A mobilização em curso constitui um instrumento de afirmação da presença efetiva do Estado. Acima de tudo, representa uma expressão inequívoca da capacidade de projeção do Poder Naval como vetor da soberania e dissuasão do país na Amazônia.”

As Operações “Atlas” e “Formosa” visam fortalecer a prontidão operacional da Marinha do Brasil, bem como suas capacidades expedicionárias e anfíbias. Segundo o Capitão de Mar Aristone Leal Moura, Chefe de Operações da Força de Fuzileiros da Marinha do Brasil, o desdobramento representa uma valiosa oportunidade de treinamento que permitirá aperfeiçoar a integração entre as diversas unidades e ensaiar procedimentos em condições quase reais.
A “Operação Atlas” 2025, idealizada pelo Ministério da Defesa, é realizada em três fases: planejamento conjunto, desdobramento estratégico e execução de atividades táticas em ambientes terrestre, fluvial e aéreo. O principal objetivo é projetar e sustentar uma Força Conjunta na região amazônica, considerada um dos ambientes operacionais mais exigentes devido às limitações de transporte, geografia e condições climáticas.

A Fase 1, iniciada em 30 de junho na Escola Superior de Defesa, em Brasília, incluiu sessões sobre inteligência estratégica, integração operacional e planejamento logístico para definir as diretrizes das fases subsequentes. Essas ações fazem parte da estratégia nacional de defesa, que atribui à Marinha a missão de proteger as fronteiras marítimas, garantir o acesso aos recursos naturais e participar de operações de segurança nacional, tanto em tempos de paz quanto em crises.
O desenvolvimento da Operação Atlas está diretamente ligado à histórica Operação Formosa, o maior exercício militar no Planalto Central, realizado anualmente desde 1988. Ambas as iniciativas, ao combinarem treinamento conjunto e desdobramento de longo alcance, não apenas fortalecem a prontidão para missões de alta complexidade, como também otimizam o uso de recursos, mantendo ativos e efetivos disponíveis para futuras demandas estratégicas.
*Créditos da imagem: Marinha do Brasil.
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