A Força Aérea da Índia (IAF) negou relatos que circulam na mídia internacional sobre um suposto interesse em adquirir o caça KF-21 Boramae, desenvolvido pela Korea Aerospace Industries (KAI) para equipar a Força Aérea da Coreia do Sul. Segundo fontes oficiais, atualmente não há planos para avaliar esta aeronave de combate, nem foi recebida uma oferta formal que esteja sendo considerada pelas autoridades de aviação indianas.
O KF-21 da KAI foi promovido por Seul como uma opção viável para países que buscam uma solução intermediária antes de incorporar caças de quinta geração. No entanto, Nova Delhi esclareceu que a IAF não tem vínculos ou diálogos com a Coreia do Sul em relação a este programa, o que deixa fora da pauta a possibilidade de sua incorporação ao serviço indiano a curto ou médio prazo.

O que mais se sabe?
Este não é o único sistema de armas estrangeiro que a Índia rejeitou recentemente. De acordo com outras fontes, uma proposta não oficial para a aquisição do caça americano F-35 também foi rejeitada. Embora a oferta não tenha sido formalizada em termos contratuais, a proposta foi considerada pelas autoridades indianas inconsistente com sua política de defesa, que prioriza o desenvolvimento doméstico e a coprodução tecnológica.
Além disso, sabe-se que a Federação Russa apresentou uma alternativa mais alinhada às prioridades de defesa da Índia, visto que o país não busca apenas adquirir equipamentos militares, mas também fortalecer sua indústria de defesa. Em julho, Moscou ofereceu um pacote que incluía o caça stealth Su-57E de quinta geração e a aeronave multifuncional Su-35M, por meio do conglomerado estatal Rostec e da fabricante Sukhoi.
Situação Atual e Compras
A Força Aérea da Índia enfrenta atualmente desafios relacionados à modernização de sua frota, que ainda inclui aeronaves de origem soviética, como o MiG-21 e o MiG-29. A aposentadoria do primeiro foi confirmada em setembro, enquanto o segundo está passando por um programa de modernização ainda em avaliação. No entanto, espera-se que ambas as aeronaves de origem russa/soviética sejam substituídas pelo caça LCA Tejas, de fabricação local, cuja produção enfrenta diversos atrasos.
Nesse contexto, Nova Déli também optou por um caminho alternativo: a aquisição de aeronaves Rafale M, de fabricação francesa. Em abril de 2025, foi confirmada a compra de 26 unidades para operação em porta-aviões, substituindo assim os MiG-29K navais, que fazem parte dos Grupos Aéreos de Porta-Aviões INS Vikrant e INS Vikramaditya.

Esta nova aquisição se soma às 36 aeronaves Rafale que a Índia já adquiriu nos últimos anos, consolidando uma aliança estratégica com a fabricante europeia Dassault Aviation. Enquanto isso, a Índia continua a desenvolver seu próprio programa de caça de quinta geração, o Advanced Medium Combat Aircraft (AMCA), com o objetivo de reduzir sua dependência externa da defesa aérea.
*Imagens ilustrativas.
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