As marinhas da China e da Rússia voltarão a realizar uma série de exercícios navais conjuntos no Pacífico, como parte da crescente cooperação militar bilateral que ambas as potências vêm aprofundando nos últimos anos. Segundo informações divulgadas, as atividades ocorrerão sob o título “Joint Sea-2025”, entre os dias 1º e 5 de agosto de 2025, em águas próximas a Vladivostok, especificamente sob jurisdição da Frota do Pacífico da Marinha russa.

O anúncio oficial, divulgado por meios estatais tanto chineses quanto russos, não apenas confirma a continuidade das manobras anuais, mas também reforça o caráter estratégico da aliança entre Moscou e Pequim. De acordo com porta-vozes militares russos, os exercícios incluirão operações de defesa antiaérea, guerra antissubmarino, escolta de embarcações, proteção de rotas marítimas e ações conjuntas de comando e controle, divididas em três fases.
Embora ainda não haja confirmação oficial, as informações disponíveis indicam que as unidades chinesas envolvidas pertencem aos Comandos de Teatro Oriental e Setentrional do EPL, incluindo os destróieres lançadores de mísseis Tipo 052D Shaoxing e Urumqi, o navio de reabastecimento integrado Tipo 903 Qiandaohu, o navio de resgate Xihu, aeronaves de asa fixa, helicópteros embarcados e fuzileiros navais. Do lado russo, participarão o navio antissubmarino Almirante Tributs, a corveta Rezky, o navio de resgate Igor Belousov, além de aeronaves de asa fixa, helicópteros e pessoal da infantaria naval. Também há possibilidade de participação de submarinos.
Esta nova edição se insere na intensificação progressiva dos laços militares sino-russos na esfera naval. Ao longo de 2024, as duas forças conduziram exercícios como o Northern/Interaction‑2024, realizados nos mares do Japão e de Okhotsk, simultaneamente com o Ocean‑2024, um exercício estratégico russo de grande escala que também contou com a presença chinesa. Durante essa fase, foram mobilizados mais de 400 navios, 120 aeronaves e 90 mil efetivos, consolidando uma demonstração de força sem precedentes na região.

Após o encerramento dessas operações, algumas unidades de ambas as marinhas iniciarão a sexta patrulha marítima combinada. Como antecedente, o ano de 2024 marcou um precedente histórico ao registrar, pela primeira vez, duas patrulhas conjuntas no mesmo ano-calendário. Estas incluíram navegação coordenada, reabastecimentos no mar, exercícios antissubmarino, defesa aérea e trânsito em formação por corredores estratégicos do Pacífico Ocidental.
Por fim, o Ministério da Defesa chinês, desde Pequim, afirmou que se trata de exercícios rotineiros e que não são dirigidos contra nenhum país em particular. No entanto, observadores ocidentais acompanham com atenção o crescente nível de interoperabilidade entre as duas potências. Moscou, por sua vez, sustenta que essas manobras fortalecem a estabilidade estratégica global e respondem à necessidade de proteger seus respectivos interesses marítimos.
Você pode se interessar por: A Marinha da China começou a implantar o novo helicóptero Z-20J de seus navios de assalto anfíbio Tipo 075
Estamos procurando por você! Vaga aberta na Equipe Editorial da Blue Field Media para o cargo de Correspondente no Brasil






