Novas imagens virais confirmaram que as Forças Aeroespaciais da Rússia (VKS) já estão utilizando seus mísseis ar-ar de longo alcance mais modernos, oficialmente designados R-77M, em combate. Embora sua presença na Ucrânia tenha sido alvo de especulações nos últimos meses, a imagem recentemente divulgada mostra um caça Su-35S equipado com esta nova versão do míssil desenvolvido pela Vympel, indicando que ele já faz parte do armamento utilizado por esta plataforma.
As origens do R-77, designado pela OTAN como “AA-12 Adder” e também conhecido como “Izdeliye 170”, remontam à União Soviética, quando sua Força Aérea buscava um novo míssil ar-ar de longo alcance para combater os modelos equivalentes desenvolvidos pelos Estados Unidos e seus aliados ocidentais.

No entanto, a dissolução da União Soviética e a subsequente crise socioeconômica na Rússia causaram atrasos em seu desenvolvimento e entrada em serviço, o que viria a ocorrer em 1994. Nesse mesmo ano, o míssil foi rapidamente oferecido para exportação a terceiros países.
Com o tempo, e uma vez estabilizada a situação interna na Rússia, o R-77 continuou a passar por melhorias específicas para manter suas capacidades. Um exemplo notável foi sua implantação na Síria pelas Forças Armadas da Ucrânia (VKS) em sua versão R-77-1.
As melhorias introduzidas — que serviram de base para a próxima grande atualização do míssil, o R-77M, também projetado para integração aos compartimentos internos de armas do novo caça furtivo Su-57 — incluem maior resistência a contramedidas eletrônicas, refinamentos aerodinâmicos e um buscador mais sensível e avançado.
Hoje, o Su-35S se estabeleceu como a principal plataforma de combate e superioridade aérea das Forças Aeroespaciais Russas, graças às suas capacidades avançadas e armamento ar-ar de longo e extralongo alcance, composto pelos já mencionados R-77-1 e R-37M (código OTAN: AA-13 Axehead).
Há vários meses, diversas fontes abertas vêm analisando destroços de mísseis recuperados do campo de batalha, o que indicaria que as Forças Armadas Ucranianas (VKS) já estão usando esta nova versão dos mísseis ar-ar Vympel. A imagem recentemente viralizada, mostrando um caça Su-35S armado com um desses mísseis, reforça essas especulações e, claro, levanta novas preocupações para as Forças Armadas Ucranianas.
Como disse o piloto ucraniano de F-16, Andrii “Juice” Pilshchykov — que mais tarde morreria em combate — ao The War Zone, referindo-se ao R-37M: “Ele limita nossa capacidade de realizar nossas missões. É claro que, se você estiver manobrando, não podemos realizar um ataque aéreo ou qualquer outra coisa, então o jogo ainda é muito, muito, muito difícil no ar e muito, muito arriscado. Se você não estiver ciente de um lançamento de míssil, você está morto.”
Nesse sentido, e como aponta o veículo de comunicação especializado, a confirmação da entrada em serviço operacional do R-77M, tanto no Su-35S quanto em outras plataformas, como o Su-57 — que estão implantadas em território russo —, representa um novo sinal de alerta para a Força Aérea Ucraniana.

Por fim, entre as melhorias aplicadas ao R-77M — baseado no R-77-1 —, a mais notável é a incorporação de um novo motor de foguete de duplo reforço, que aumenta significativamente o alcance operacional do míssil, bem como sua manobrabilidade e desempenho na fase terminal. Destacam-se também os novos avanços em seu buscador ativo, agora complementado por um sistema semiativo que permite seu uso em conjunto com outras plataformas que fornecem iluminação secundária de alvos.
*Foto da capa: Crédito a quem possa interessar.
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