A poucas horas do pronunciamento presidencial pelas Festas Pátrias deste 28 de julho, cresce a expectativa sobre se, finalmente, será anunciado nesse discurso o vencedor da concorrência para o novo caça multifunção da Força Aérea do Peru (FAP).
Essa será, praticamente, a última oportunidade que a presidente da República, Dina Boluarte, terá para concretizar essa tão aguardada aquisição, caso se queira manter os prazos estimados para a assinatura do contrato e o início da fabricação do modelo escolhido.
No entanto, nada foi dito sobre a decisão final a respeito de um dos processos de compra que mais despertam interesse nesta parte do continente, a ser definido entre três finalistas: o Lockheed Martin F-16 Block 70, o Dassault Rafale ou o Saab JAS 39 Gripen.
Apesar do sigilo predominante, algumas novidades vieram à tona. Por exemplo, a proposta francesa teria sido praticamente descartada devido ao alto custo global de investimento, que não se encaixa no orçamento estatal total de 3,5 bilhões de dólares.
Assim, a disputa final estaria entre os modelos norte-americano e sueco. Este último tem realizado uma campanha promocional mais ativa, com ampla divulgação de informações, destacando as compensações industriais desenvolvidas com outros clientes, como Hungria, República Tcheca, África do Sul, Tailândia e Brasil.
Por sua vez, os norte-americanos têm mantido um perfil muito discreto, apresentando suas propostas diretamente à cúpula do governo em reuniões a portas fechadas, o que limita o conhecimento público sobre sua oferta.
Também foi divulgado que muitos pilotos peruanos teriam uma preferência maior pelo Gripen, por ser mais barato de operar e manter. A isso se somam considerações geopolíticas, relacionadas ao fato de que o Fighting Falcon já é utilizado pelo Chile há anos.
*Texto original em espanhol: Lewis Mejía
*Foto usada apenas para fins ilustrativos.
