Antes de uma nova cúpula da OTAN, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e seu colega francês Emmanuel Macron realizaram uma reunião para discutir novas medidas para fortalecer a cooperação em defesa entre seus países diante da invasão russa que está devastando o primeiro. Durante o encontro, foi destacado que os líderes discutiram a possibilidade de a França transferir mais caças Mirage 2000 para equipar a Força Aérea Ucraniana, que operam para aquela força desde a chegada da primeira aeronave em fevereiro deste ano.
Recapitulando algumas das declarações oficiais do Presidente Zelensky, publicadas em seu canal oficial no Telegram: “Discutimos a possibilidade de expandir nossa frota aérea com mais caças Mirage, bem como a coprodução e o investimento em drones interceptadores. Juntamente com a França, estamos fazendo todo o possível para proteger melhor os céus ucranianos. Esperamos boas decisões em um futuro próximo.”
Vale lembrar neste ponto que os Mirages mencionados já estiveram em ação nos céus ucranianos em diversas ocasiões, contribuindo para uma rede de defesa aérea altamente forte na tentativa de resistir a ataques russos. Podemos citar como exemplo disso o primeiro lançamento dessas aeronaves fabricadas pela empresa francesa Dassault, que se destacou por abater um míssil de cruzeiro Kh-101 lançado por tropas russas; missão na qual foram enviados junto com caças F-16 que também foram doados pelos aliados ocidentais de Kiev.
Também vale mencionar que as aeronaves Mirage transferidas anteriormente pela França para a Ucrânia passaram por atualizações para se adaptar às necessidades dos campos de batalha modernos. Entre as melhorias relatadas estão melhorias nos sistemas de guerra eletrônica e contramedidas dessas aeronaves, bem como melhorias em suas capacidades de combate ar-solo, obtidas por meio do aproveitamento do radar de varredura mecânica de pulso Doppler RDY.
Por fim, é importante destacar que durante o encontro entre os dois líderes também foi discutida a possibilidade de a França enviar tropas como parte da coalizão que Kiev busca promover para garantir sua defesa quando a paz for alcançada, buscando assim impedir novas tentativas russas de avançar em seu território. Em suma, o presidente ucraniano reiterou a necessidade de reforçar as sanções impostas pelo Ocidente a Moscou e delineou suas expectativas para a próxima Cúpula da OTAN em Haia.
*Imagens utilizadas para fins ilustrativos
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