Com a Cúpula dos BRICS marcada para os dias 6 e 7 de julho no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro, as Forças Armadas brasileiras iniciaram uma série de treinamentos especiais para garantir a segurança do evento, que reunirá chefes de Estado de cerca de quinze nações.
Uma característica particular desta organização é que ela tem uma presidência rotativa, e desde 1º de janeiro deste ano, o Brasil ocupa esse cargo. Por isso, a cidade do Rio de Janeiro, que sediou o G20 em 2024, foi escolhida para sediar a cúpula anual (a décima sétima). A presidência brasileira se concentrará em duas prioridades: a Cooperação Global do Sul e as Alianças do BRICS para o Desenvolvimento Social, Econômico e Ambiental.

Na terça-feira, 17 de junho, unidades da Marinha do Brasil (MB), do Exército Brasileiro (EB), da Força Aérea Brasileira (FAB) e do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro realizaram uma demonstração conjunta no Forte de Copacabana, simulando respostas a potenciais ameaças nucleares, biológicas, químicas e radiológicas (NBCBR).
Exercícios contra ameaças não convencionais
Durante o exercício, foram simuladas ações de descontaminação, isolamento de áreas afetadas, proteção de potenciais vítimas e análise de materiais suspeitos. Aproximadamente 140 militares e civis participaram, apoiados por 11 viaturas especializadas e equipamentos de detecção e descontaminação.

Segundo o Tenente-Coronel André Luiz Bifano da Silva, comandante do 1º Batalhão de Defesa NBC do Exército, esse tipo de treinamento integrado “reúne todas as capacidades de defesa necessárias para garantir a segurança da Cúpula do BRICS e demonstra a coesão entre os diferentes órgãos envolvidos”.
Por sua vez, o Capitão de Fragata Leonardo Garcia, do 2º Batalhão de Proteção e Defesa NBC da Marinha, destacou a importância dessas manobras tanto para aperfeiçoar a interoperabilidade entre as forças quanto para demonstrar sua rápida capacidade de reação a ameaças específicas.

Um dispositivo robusto para um evento importante
A operação final de segurança, programada para o evento no Parque do Flamengo, envolverá mais de 200 militares e diversas equipes especializadas. Novos exercícios também estão planejados para a semana que antecede a reunião, incluindo treinamento para Mergulhadores de Combate e Comandos Anfíbios, entre o MAM e a Marinha.
A Cúpula do BRICS de 2025 reunirá líderes dos países fundadores — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — juntamente com os novos membros que se juntaram no ano passado: Egito, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Etiópia e Indonésia. O evento busca fortalecer a cooperação entre economias emergentes e discutir estratégias comuns de desenvolvimento.

Segurança e projeção internacional
A preparação das Forças Armadas Brasileiras para este evento de alto nível reflete não apenas um compromisso com a segurança nacional, mas também com a posição internacional do Brasil como um anfitrião confiável para eventos multilaterais.
Os exercícios realizados, especialmente aqueles relacionados ao Sistema de Defesa NBCR, evidenciam a capacidade das forças brasileiras de operar em cenários de alta complexidade, tanto no âmbito doméstico quanto em missões internacionais. A cooperação entre as forças e o uso de tecnologias avançadas permitem enfrentar eficazmente ameaças convencionais e não convencionais.
Imagens para fins ilustrativos.
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