O Programa de Fragatas Classe Tamandaré (PFCT), um dos projetos estratégicos mais ambiciosos da Marinha do Brasil, continua avançando de forma constante na integração de seus principais sistemas tecnológicos. A primeira unidade dessa nova classe, a fragata “Tamandaré” (F200), entrou em fase final de construção e se prepara para iniciar os testes de mar em julho de 2025, com entrega prevista para o final deste ano. Enquanto as outras duas fragatas, a “Jerônimo de Albuquerque” (F201), estão em desenvolvimento avançado e têm previsão de lançamento para o segundo semestre de 2025; e o “Cunha Moreira” (F202), encontra-se atualmente em fase de montagem.

O navio já conta com dois sistemas principais operacionais: o Sistema de Gerenciamento de Combate (CMS) e o Sistema Integrado de Gerenciamento de Plataforma (IPMS). O CMS, desenvolvido em colaboração entre a empresa brasileira Atech e a empresa alemã Atlas Elektronik, permite a integração dos 22 componentes do sistema de combate, garantindo a consciência situacional constante e o uso eficaz das armas de bordo.

Continuando na linha de combate, vale destacar o material bélico que essas fragatas contarão, o sistema de mísseis antinavio MSS MANSUP, desenvolvido pela empresa brasileira SIATT em conjunto com a MB; Mísseis antiaéreos MBDA Sea Ceptor; um canhão Rheinmetall Sea Snake de 30 mm; Sistema de lançamento de torpedos SEA TLS-TT; Lançador de iscas e chaff Terma C-Guard; além do já mencionado canhão Oto Melara-Leonardo 76/62 mm.

O IPMS — uma colaboração entre a Atech e a L3Harris do Canadá — pode monitorar e controlar 68 sistemas integrados, abrangendo propulsão, geração e distribuição de energia, sistemas auxiliares e controle de falhas.

A fragata “Tamandaré” está sendo construída no estaleiro TKMS Brasil Sul, em Itajaí, Santa Catarina, pela Sociedade de Propósito Específico Águas Azuis, composta por Thyssenkrupp Marine Systems (TKMS), Embraer Defesa & Segurança e Atech, sob a coordenação da Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON).

O programa inclui a construção de um total de quatro fragatas, que serão entregues à Marinha do Brasil gradualmente até 2029. Graças ao desenvolvimento conjunto dos sistemas CMS e IPMS e a um robusto programa de transferência de tecnologia, o projeto Tamandaré representa um marco na consolidação de capacidades estratégicas para a indústria de defesa brasileira, posicionando o país em um novo patamar de autonomia tecnológica e operacional.

Imagens obtidas do EMGEPROM.

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