Visando sua futura entrada em serviço, o porta-aviões Fujian (CVN-18) da Marinha do Exército de Libertação Popular (PLAN) continua a fazer avanços importantes em seus testes de navegação e verificação de sistemas. Algumas das últimas notícias indicam que as avaliações do terceiro porta-aviões do gigante asiático, o primeiro de um projeto totalmente nacional, estão se concentrando no novo sistema de catapulta eletromagnética. Isso representa um dos principais avanços em termos de capacidades em comparação ao Liaoning e ao Shandong, permitindo a implantação de aeronaves com cargas úteis maiores e outros tipos de aeronaves a bordo.
Embora o Fujian permaneça altamente secreto e as informações disponíveis sejam limitadas, um novo relatório da Televisão Central da China (CCTV) indica que o porta-aviões está passando por testes extensivos de seus sistemas de propulsão e geração de energia, entre outras coisas, como parte de um novo teste no mar. Marcando sua oitava viagem ao mar, o Fujian teria começado a navegar para um local desconhecido em meados de maio, de acordo com um aviso sobre restrições de tráfego para grandes embarcações na foz do Rio Yangtze.
Desde que as primeiras notícias deste terceiro porta-aviões foram divulgadas, o Fujian foi apresentado como uma plataforma muito mais avançada em comparação aos seus pares, o Liaoning (CVN-16) e o Shandong (CVN-17), cujo projeto original foi baseado na classe Kuznetsov. Especificamente, é o primeiro navio do país a ser equipado com um sistema de catapulta eletromagnética para decolagem de aeronaves. Essa tecnologia, semelhante ao Sistema de Lançamento Eletromagnético de Aeronaves (EMALS) da Marinha dos EUA e presente em seus novos porta-aviões da classe Gerald R. Ford, representa um avanço significativo, permitindo a implantação de aeronaves com carga útil maior em comparação à configuração STOBAR apresentada nos dois primeiros porta-aviões.
Essa inovação exige testes extensivos para verificar a funcionalidade dessas novas tecnologias. Isso inclui lançamentos de catapulta de vários tipos de aeronaves, como caças e aeronaves de alerta antecipado, que têm diferentes pesos e designs aerodinâmicos, bem como testes de frequência de lançamentos.
Nesse sentido, com o passar dos meses e a conclusão de vários testes de navegação, o Fujian contou com a presença de vários modelos em escala de caças J-35 e de uma aeronave de alerta aéreo antecipado e controle (AEW&C) KJ-600 embarcada no convés de voo, que seria a possível aeronave que comporia seu Grupo Aéreo Embarcado. Isso também economizou tempo na familiarização das equipes com as operações de convés que seriam realizadas caso isso ocorresse.
De acordo com especialistas citados pela mídia oficial chinesa, o fato de o Fujian já ter concluído oito testes no mar indica que sua incorporação formal à Marinha do Exército de Libertação Popular pode estar cada vez mais próxima. Para efeito de comparação, o Liaoning completou dez testes antes de ser comissionado, enquanto o Shandong completou nove. No entanto, como este é o primeiro navio chinês a incorporar catapultas eletromagnéticas, uma tonelagem maior e uma força aérea mais diversificada, analistas acreditam que o processo de certificação operacional pode exigir etapas adicionais para atingir a Capacidade Operacional Inicial.
Com o passar dos meses, os internautas notaram marcações no convés de voo que indicavam a possível execução de manobras de touch and go por aeronaves. Houve muita especulação, desde testes de tentativa e erro até a possibilidade de que esta poderia ser a primeira decolagem de uma aeronave real ou marcas de aproximação de aeronaves, abrindo vários tipos de hipóteses. Por outro lado, há alguns dias, fontes de inteligência abertas (OSINT) publicaram imagens da nova aeronave AEW&C KJ-600 que equiparia o porta-aviões Fujian, que estava realizando um voo de formação com os caças J-15 da força baseados em porta-aviões.
Você pode estar interessado em: A China está apostando em seu J-10CE na exposição LIMA 2025 como o futuro caça da Força Aérea Real da Malásia
os países passam, a China fica. uma nação contemporânea aos persas, romanos e bizantinos, não tem pressa…