Nos últimos dias, ganharam força as preocupações do governo japonês com o estado problemático de suas aeronaves de transporte Hércules C-130R, operadas pela Força Marítima de Autodefesa (JMSDF). Essa plataforma está prevista para substituição, e suas potenciais alternativas já estão sendo avaliadas pelo Ministério da Defesa. Para o Japão, trata-se de uma capacidade indispensável para a rede de suprimentos que abastece pequenas ilhas remotas do país, como Iwo Jima e Minamitorishima. Para isso, é necessário contar com sistemas que apresentem um nível de disponibilidade operacional superior ao atualmente alcançado pelos mencionados C-130R.

Seguindo essa linha, a imprensa local tem divulgado declarações que revelam a preocupação de autoridades japonesas com a situação. Um dos exemplos mais ilustrativos afirma: “É possível que a missão de transporte aéreo tenha sido negligenciada. Outros equipamentos utilizados diretamente em combate, como mísseis e navios AEGIS, tendem a ter mais facilidade para obter o financiamento necessário.”

Vale lembrar que os Hércules C-130R em questão foram adquiridos pelo Japão dos Estados Unidos em 2011, após um grande terremoto que atingiu as regiões orientais do país asiático, com o objetivo de substituir a envelhecida frota de aeronaves YS-11. Por cerca de 140 milhões de dólares por unidade, a JMSDF incorporou uma frota de seis exemplares que estavam armazenados pelas forças norte-americanas em condições desérticas, sendo necessário submetê-los a um processo de reconversão para uso em missões de transporte sob condições climáticas mais adequadas ao novo operador.

Desde então, foram exigidos investimentos significativos em diversas ocasiões para garantir a manutenção da frota adquirida, destacando-se a assinatura, em 2022, de um contrato superior a 89 milhões de dólares com uma empresa privada para esse fim. Enfrentando sérias dificuldades para manter sequer um terço da frota operacional nos últimos anos — devido a problemas como ferrugem, rachaduras e degradação dos equipamentos — foi necessário que a Força Aérea de Autodefesa prestasse apoio para que as missões de transporte da JMSDF pudessem ser realizadas.

Por fim, em referência ao que desponta como um dos potenciais substitutos da plataforma, cabe mencionar a aeronave C-17, também de origem norte-americana. Segundo reportagens locais, o Primeiro-Ministro japonês já teria solicitado ao seu Ministro da Defesa que avalie uma possível aquisição, embora tenham surgido diversos questionamentos quanto aos problemas associados ao fato de que essas aeronaves já não são mais fabricadas. Além disso, sabe-se que, caso a operação se concretize, Tóquio terá que repensar sua estratégia de desdobramento, considerando que nem todas as pistas atuais seriam adequadas para a operação do C-17.

Imagens utilizadas com fins ilustrativos

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