Com a presença do porta-aviões Shandong (CV-17) da Marinha do Exército de Libertação Popular (PLAN), as forças aéreas e navais chinesas foram mobilizadas ao redor da ilha de Taiwan para um novo exercício de grande escala. Pela primeira vez neste ano, elementos de unidades terrestres, aéreas e navais foram detectados pelas autoridades taiwanesas nas costas norte, sul e leste da ilha.
O início de abril foi marcado por uma nova demonstração de força do Exército de Libertação Popular Chinês (ELP). Um prelúdio para as duas edições do Exercício Joint Sword 2024, esta nova mobilização de meios navais e aéreos não tem um nome oficial. No entanto, essa ausência de um nome responderia à intenção do gigante asiático de demonstrar que suas manobras militares em torno de Taiwan “se tornaram uma prática normal“, segundo o analista Zhang Chi, da Universidade de Defesa Nacional, em declarações à mídia local chinesa.
De acordo com o Comando do Teatro Oriental do PLA, navios, aeronaves e artilharia foram mobilizados para praticar manobras de bloqueio, ataques a alvos terrestres e marítimos e interceptação aérea. Em resposta, o Ministério da Defesa de Taiwan confirmou que nenhuma munição real foi detectada, embora tenha registrado a presença de pelo menos 71 aeronaves da Força Aérea do PLA (36 na área de responsabilidade), 21 navios de guerra (8 pertencentes ao Shandong Carrier Strike Group) e 4 embarcações da Guarda Costeira. A duração exata dos exercícios ainda é incerta.
Vale destacar que tanto o porta-aviões Shandong quanto seus navios de escolta foram detectados pelas forças taiwanesas em 29 de março ao entrarem na área de responsabilidade, que inclui o Estreito de Taiwan e as áreas ao redor da ilha. Desde então, eles têm sido observados e monitorados de perto. Em relação aos meios de comunicação taiwaneses enviados para acompanhar a atividade, foi relatado o envio de caças F-16, das fragatas Tian Dan (1110) e Yi Yung (939), bem como do destróier Su Ao (1802), entre outros meios de comunicação dedicados à vigilância e monitoramento das forças do Exército de Libertação Popular.
Por fim, não se deve esquecer que o exercício está ocorrendo enquanto o Secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, realiza uma série de visitas a vários países aliados dos EUA na região. Esta excursão reflete o crescente interesse dos Estados Unidos na região e sua preocupação com a expansão das capacidades militares da China e da Coreia do Norte. Portanto, esse tipo de mobilização do gigante asiático ao redor da ilha como demonstração de poder e capacidade militar não é surpreendente.
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