Enquanto a construção dos quatro submarinos da classe Riachuelo entra em suas fases finais, com a conclusão iminente da última unidade, a Marinha do Brasil também avança com aquele que será o próximo grande marco de sua rica história. A construção de um submarino de propulsão nuclear foi estabelecida pelo governo brasileiro como uma Política de Estado para defender a Amazônia Azul e reafirmar o papel do país como potência regional e hemisférica. Por meio de uma recente exposição, a força naval revelou publicamente o design do futuro SN Álvaro Alberto (SN-10).

Embora o programa, inserido dentro do PROSUB, esteja envolto em grande sigilo, com divulgação apenas de avanços pontuais ao público, a Marinha do Brasil segue avançando nas primeiras etapas do programa de construção naval. Entre os marcos mais importantes de 2024, foi registrado o corte da primeira chapa de aço naval do SN Álvaro Alberto, realizado nas instalações da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), no Complexo Naval de Itaguaí (RJ).
Por ocasião desse marco, a Marinha do Brasil declarou: “O corte da chapa, que ocorreu esta semana, representa a retomada da construção de cascos resistentes pela Itaguaí Construções Navais (ICN), sendo um marco importante no processo construtivo do submarino, especialmente porque a Seção C corresponde à região onde será gerada a energia propulsiva, impactando diretamente sua complexidade estrutural. A Seção C Preliminar consiste em uma das atividades críticas ao longo do processo construtivo, representando a primeira atividade de construção do casco, como resultado parcial do processo de homologação obtido até o momento”.
Recentemente, e no contexto de uma exposição realizada no Centro Histórico de São Paulo, com foco em explorar e percorrer a rica história da Marinha do Brasil, foi apresentado ao público o design do futuro submarino de propulsão nuclear por meio de uma exibição que contou com uma maquete da embarcação e outros componentes, como o reator nuclear que fornecerá energia para seus sistemas de propulsão. “Conhecer de perto o desenvolvimento do Submarino Nuclear Convencionalmente Armado demonstra nossa capacidade de dominar tecnologias de ponta e impulsionar projetos que fortaleceram e continuam fortalecendo a defesa do Brasil”, afirmou o coordenador do Instituto Padrão Militar e visitante da exposição, Gleideson Teles, durante a mostra intitulada “Um Mar Chamado Tempo: 200 anos de avanços tecnológicos da Marinha do Brasil”.

Voltando à atualidade do PROSUB, o programa já conta com três submarinos construídos e lançados ao mar, com a entrada em serviço do primeiro, o Riachuelo (S-40), e do segundo, o Humaitá (S-41). Enquanto isso, a terceira unidade, o Tonelero (S-42), encontra-se em fase de testes e avaliações. Por fim, o “Almirante Karam” (anteriormente “Angostura” S-43) está nas últimas fases de construção, aguardando a confirmação de seu lançamento ao mar, previsto para ocorrer ao longo de 2025.
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