Por meio de uma série de fotografias divulgadas oficialmente em 21 de janeiro, foi confirmado que caças furtivos F-35A da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) interceptaram bombardeiros estratégicos e escoltas pertencentes às Forças Aeroespaciais Russas na ADIZ do Alasca. Embora isso já tivesse sido relatado oficialmente pelo Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) nos comunicados de 18 e 19 de fevereiro, dias em que os episódios ocorreram, não havia sido mencionada a mobilização de meios aeroespaciais dos Estados Unidos.

Conforme relatado ontem, o NORAD confirmou que aeronaves das Forças Armadas Russas realizaram voos de patrulha de longa distância dentro da ADIZ do Alasca. Os incidentes ocorreram nos dias 18 e 19 de fevereiro, com os voos sendo registrados no espaço aéreo internacional, sem que houvesse qualquer violação das fronteiras aéreas do Canadá e dos Estados Unidos.
Como vem sendo relatado nos últimos meses, a atividade de meios aeroespaciais russos no Ártico tem sido motivo de atenção e preocupação para o Pentágono. Isso é refletido em diversos relatórios e conferências públicas de comandantes da Força Aérea dos Estados Unidos, que destacam a crescente importância da região do Ártico para potências rivais como a Rússia, além da República Popular da China.


Em relação aos episódios registrados em 18 e 19 de fevereiro, os protagonistas foram bombardeiros estratégicos Tupolev Tu-95MS e seus respectivos aviões de escolta.
Seguindo uma ordem cronológica, de acordo com os relatórios do NORAD e as imagens divulgadas em 21 de fevereiro, no dia 18 de fevereiro foi registrado o voo de uma patrulha de longa distância de aeronaves das Forças Aeroespaciais Russas, composta por dois bombardeiros estratégicos Tu-95 e dois caças Sukhoi Su-35S, que realizaram uma patrulha sobre o espaço aéreo internacional no Mar de Bering.

Por meio das fotografias divulgadas, podem ser observados diversos detalhes das aeronaves interceptadas pelos caças furtivos F-35 da Força Aérea dos Estados Unidos. Em primeiro lugar, a escolta dos Tu-95MS era composta por um par de Su-35S, sendo estes uma das aeronaves de combate mais modernas das Forças Aeroespaciais Russas, equipadas com mísseis ar-ar R-77 e R-73. Além disso, graças à sequência de imagens, é possível identificar os numerais de ambos os aviões: “09” Vermelho (RF-93650) e “51” Vermelho (RF-81718), indicando sua pertencente ao 23º Regimento de Aviação de Caça da Guarda, baseado na base aérea de Dzyomgi, localizada no Krai de Khabarovsk.
Por sua vez, embora a patrulha de 19 de fevereiro tenha sido composta pelo mesmo tipo de aeronaves, esta teve como foco o Mar de Chukotka, localizado ao norte do Mar de Bering, no Oceano Glacial Ártico. No entanto, os aviões de escolta, também Su-35S, pertenciam a uma unidade diferente da registrada em 18 de fevereiro. Em detalhe, pode-se ver em uma das aeronaves o numeral “24” Azul (RF-95493), indicando sua pertencente ao 22º Regimento de Aviação de Caça da Guarda, baseado em Tsentralnaya Uglovaya.

Outro detalhe interessante da formação das aeronaves russas é que um dos bombardeiros Tu-95MS envolvidos nesses recentes episódios, a aeronave com numeral RF-94189, participou no ano passado de voos de patrulha combinados com bombardeiros H-6N do Exército Popular de Libertação sobre o Mar do Japão, demonstrando as preocupações mencionadas por altos comandantes dos EUA sobre a crescente cooperação entre as Forças Armadas da Rússia e da China. Naquela ocasião, os voos combinados foram monitorados de perto pelos meios das Forças de Autodefesa do Japão.
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