Poucos dias após colidir com um navio mercante no Mediterrâneo, o porta-aviões nuclear USS Harry S. Truman, da Marinha dos Estados Unidos, chegou à Grécia para ser submetido a reparos, que ficarão a cargo da U.S. Naval Support Activity (NSA) localizada na Baía de Souda. O incidente ocorreu em 12 de fevereiro, às 23h46 no horário local, quando o porta-aviões da classe Nimitz navegava em águas mediterrâneas após um desdobramento de 50 dias no Oriente Médio. Inicialmente, não foram relatados danos significativos nem no navio norte-americano nem no mercante Besiktas M.

Aprofundando-se nos detalhes do processo de reparo que o USS Harry S. Truman deverá enfrentar, a Marinha dos EUA informou que serão inspecionadas as paredes externas de duas salas de armazenamento e uma adicional de manutenção, assim como seções da popa do porta-aviões. Além disso, ao contrário do que se acreditava inicialmente, o elevador de aeronaves número 3 permaneceu totalmente operacional e sem danos visíveis, o que reduzirá o tempo de permanência do navio na Grécia. Vale destacar que todos os danos estariam localizados no lado boreste do navio de propulsão nuclear.
Referindo-se ao ocorrido, o capitão Dave Snowden, oficial no comando do Harry S. Truman, declarou: “Embora o navio esteja totalmente capaz de cumprir sua missão e tenha realizado operações de voo após a colisão, chegar ao porto para reparos emergenciais permitirá que o navio continue seu desdobramento conforme planejado.”

Por outro lado, foi detalhado que a equipe de reparos já foi formada, incluindo engenheiros e técnicos da instituição e do setor privado, com participação de pessoal do Centro de Manutenção Regional Desdobrado Avançado (FDRMC) e do Estaleiro Naval de Norfolk (NNSY), além da própria tripulação do porta-aviões e parceiros industriais gregos. Juntos, eles deverão delinear um plano de reparos que será executado o mais rápido possível, embora ainda não tenham sido definidas datas para o processo.
Por fim, vale mencionar que a chegada do USS Harry S. Truman à Grécia não significa que seu Grupo de Ataque ficará completamente fora de operação, sendo a intenção da Marinha dos EUA manter a atividade do grupo e, com isso, sua presença marítima avançada na região. Nesse sentido, é importante lembrar que o porta-aviões contava com uma escolta composta por unidades do Esquadrão de Destruidores (DESRON) 28, incluindo os destruidores da classe Arleigh Burke USS Stout (DDG 55), USS The Sullivans (DDG 68) e USS Jason Dunham (DDG 109), além do cruzador da classe Ticonderoga USS Gettysburg (CG 64). A esses meios somam-se os elementos da Ala Aérea de Porta-Aviões (CVW) 1.

Nas palavras do Contra-Almirante Sean Bailey, atual comandante do Grupo de Ataque do porta-aviões Harry S. Truman: “As unidades do Grupo de Ataque do Porta-Aviões Harry S. Truman (HSTCSG) continuam operacionais em todas as regiões geográficas em apoio aos comandantes de seus componentes (…) Nossa missão não mudou e seguimos comprometidos a responder a qualquer desafio neste ambiente de segurança dinâmico e global.”
Imagem de capa: Suboficial de terceira classe Michael Shen




